Silval se diz aliviado por delação contra cinco conselheiros que o extorquiram em RS 53 milhões para aprovar obras da Copa
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24/06/2018 - 23:00
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RedaçãoO “mar de lama” que tomava conta da gestão passada e suas relações internas ou com outras instituições, embora tenha sido contido no atual governo, continua jorrando em MT – agora em forma de revelações de casos escabrosos de corrupção que estão vindo à tona.Um desses escândalos, aliás, de indignar o espírito de cidadania, se refere aos cinco conselheiros afastados do Tribunal de Conta dos Estado - Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli, Antonio Joaquim, Valter Albano e Waldir Teis - que voltaram a ser acusados pelo ex-governador Silval Barbosa de tê-lo pressionado de todas as formas, usando relatórios das obras da Copa do Mundo e até paralisando o programa rodoviário MT Integrado, com o intuito de chantageá-lo para obter R$ 53 milhões de propínas. DESABAFO“Só eu sei o que passei de chantagem, de extorsão, pra realizar essas obras da Copa aqui e todas. Esses cinco conselheiros me extorquiram enquanto eu não fiz um acordo pra eles deixarem eu tocar todos os programas", disse Silval durante depoimento."E quando eu atrasei chegaram a suspender obras do MT Integrado. Está em minha colaboração. Então era uma coisa horrível, podre”. “Por isso hoje eu me sinto confortável em estar colaborando com a Justiça para ver se isso acaba".Ao explicar porque aceitou as pressões e cedeu às chantagens, ele disse que só se curvou às extorsões dos conselheiros devido ao acordo que o Estado tinha com a Fifa para receber os quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. "Numa gestão normal, se você vir pressionar hoje aqui vocês conseguem empurrar, dizer não ou não ceder pressões", afirmou.Apenas após o ex-governador ter aceitado pagar os R$ 53 milhões de propinas é que os conselheiros emitiram a autorização para o governo dar continuidade nas obras da Copa do Mundo. No “acerto” também teria sido definida a aprovação das contas do último ano de governo de Silval Barbosa.O afastamento dos conselheiros acusados por Silval foi determinado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) na 12ª fase da Operação Ararath, denominada Malebolge, e que foi deflagrada no dia 14 de setembro do ano passado.Todos os conselheiros afastados negam às acusações.