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Wilson Santos defende que Assembleia Legislativa se faça mais presente na defesa de ferrovias para Mato Grosso
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22/08/2018 - 10:43
Wilson Santos
REDAÇÃO
O deputado Wilson Santos (PSDB) vem se empenhando na defesa de uma atuação mais propositiva e presente da Assembleia Legislativa nos debates sobre investimentos ferroviários que ocorrem no país. O objetivo é colocar Mato Grosso no foco dessas discussões e defender que o Estado não fique alijado de recursos previstos para o setor.
A intenção do tucano é não deixar que na disputa por verbas para o setor de ferrovias, com outras unidades federativas que também pleiteiam investimentos, Mato Grosso deixe de ser contemplado. O que é inadmissível, principalmente em função de que o Estado concentra a maior produção de grãos do país e se destaca também na de carne bovina. Esses fatores, na vsão de Wilson, exigem que o Poder Legislativo fique mais atento às demandas por meios de transportes mais econômicos e eficientes, a exemplo do ferroviário.
Nesse sentido, o parlamentar indicou e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) terá uma representação oficial na primeira audiência pública que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) fará em Belém (PA), na próxima segunda-feira (27), para discutir o investimento de R$ 4,2 bilhões de antecipação de outorga que a mineradora Vale vai destinar para a construção de 383 quilômetros de ferrovia, ligando Campinorte (GO) ao município de Água Boa (MT).
Será a primeira ferrovia construída no país após a nova política adotada pelo governo federal para regulação do setor ferroviário.
O trecho a ser construído – conforme o deputado Wilson Santos – representa a ligação de Mato Grosso à Ferrovia Norte-Sul, alternativa fundamental para escoamento das grandes safras produzidas em Mato Grosso.
Os investimentos são oriundos da mineradora Vale, como contrapartida pelas prorrogações de seus contratos de concessão da ferrovia dos Carajás (Pará e Maranhão) e a ferrovia Vitória-Minas (Minas Gerais e Espírito Santo).
Conforme o deputado, existem duas ações tramitando na justiça – uma do governo do Pará e outra do governo do Espírito Santo – no sentido de impedir que os recursos beneficiem Mato Grosso e Goiás. Os dois governos consideram ilegal transferir os investimentos para o Centro-Oeste. “É pensamento dos paraenses que tudo que a Vale produzir tem que ser investido no Pará, querem que esse dinheiro fique só naquele estado. Não podemos negligenciar sobre esse assunto”, disse o deputado.
“Estaremos lá defendendo o sonho da ferrovia, o sonho de dotar Mato Grosso de infraestrutura completa para consolidarmos o estado como um gigante. Mato Grosso sempre foi esquecido pela União. Hoje, em pleno século XXI, a ferrovia não chegou a Cuiabá. E não basta chegar só a Cuiabá. Tem que chegar a Lucas do Rio Verde, Sinop, Guarantã do Norte, até o rio Tapajós”, sugeriu o parlamentar.
O deputado explicou que, com esse braço, toda a produção de Mato Grosso poderá ser colocada em Goiás para subir, pela Ferronorte, e ser exportada pelo Porto do Itaqui, no Maranhão. “É um braço que sai da Norte-Sul e entra em Mato Grosso. Essa ferrovia virá até o médio-norte, na região de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso. Dali prosseguirá atravessando o Chapadão do Parecis até Vilhena (RO)”, disse.
O deputado Pedro Satélite (PSD), que deve formar a comitiva da ALMT na audiência, afirmou que a preocupação dos governantes do país, até os tempos atuais, sempre foi com investimento em rodovias. “Os governos esqueceram das ferrovias e das hidrovias. Há um lobby muito forte em Brasília impedindo os investimentos em mais ferrovias e hidrovias. Isso precisa mudar. Temos que ter alternativas que, inclusive, barateiam o custo de transporte, como é o caso das ferrovias e hidrovias”, comentou.
Três das audiências que discutirão o tema já estão definidas. A primeira, no próximo dia 27 de agosto em Belém (PA), outra no dia 29 de agosto, em São Luís (MA), e a terceira no dia 17 de setembro, em Brasília
(DF).