Desvio de R$ 9,4 milhões da AL através de seguro com apólice “esquentada” transforma em réus os deputados Romoaldo Jr., Mauro Savi e Gilmar Fabris
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23/08/2018 - 21:08
ASSEMBLEIA
RedaçãoPor unanimidade,na tarde desta quinta-feira (23), o Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) acatou denúncia que transforma os deputados estaduais Romoaldo Junior (PMDB), Gilmar Fabris (PSD) e Mauro Savi (DEM) em réus sobre supostos desvios de R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa.Investigado na Operação Ventríloquo, o esquema teria ocorrido entre os anos de 2013 e 2014.Os desembargadores José Zuquim, Serly Marcondes Alves, Sebastião Farias, Gilberto Giraldelli, Nilza Carvalho, Antônia Gonçalves, Helena Ramos, Orlando Perri, Rubens de Oliveira, Paulo da Cunha, Juvenal da Silva, Sebastião de Moraes Filho, Guiomar Borges, Carlos Alberto Alves da Rocha, Luiz Ferreira, Marcos Machado e Dirceu dos Santos acompanharam o voto do relator, desembargador Rondon Bassil Dower Filho. Mauro Savi está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CCC) desde 9 de maio por conta de um esquema de de fraude, desvio e lavagem de dinheiro no âmbito do Detran-MT, na ordem de R$ 30 milhões.
Juntamente com os três parlamentares, também foram denunciados e passam a ser igualmente réus: José Antonio Lopes, Ana Paula Ferrari Aguiar, Claudinei Teixeira Diniz, Marcelo Henrique Cini, Cleber Antônio Cini, Valdir Daroit, Leila Clementina Sinigaglia Daroit, Odenil Rodrigues de Almeida e Edilson Guermandi de Queiroz. A denúncia foi oferecida em novembro de 2016 pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE).O desvio ocorreu através do pagamento ordenado por Romoaldo Jr e Mauro Savi, então presidente e primeiro secretário da Mesa Diretora da AL, respectivamente, de uma apólice de seguro no valor de R$ 9.480.547,69 contraída pelo Legislativo com o antigo Banco Bamerindus – atual HSBC. O dinheiro do seguro, numa típica manobra de fraude e estelionato, não chegou a entrar no banco, tendo retornado, após operações de “lavagem”, às mãos do grupo de deputados, empresários e servidores envolvidos na tramóia.Ainda segundo o MinIstério Público, no mesmo período os acusados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores, contando com o auxílio dos empresários e assessores. parlamentares.