Pedro Taques é “poupado” por Wellington e Mauro no primeiro debate da TV, o que evita o governador de ir para a “defensiva”
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31/08/2018 - 10:00
tiocaradepau
Redação
No primeiro debate entre candidatos ao Governo do Estado gerado este ano por uma retransmissora de TV mato-grossense – a Vila Real -, na noite de quarta-feira (29), o governador Pedro Taques, ele que vem insistindo na tese de associar seus dois principais adversários aos desmandos praticados pelo ex-governador Silval Barbosa, no entanto, foi poupado por Wellington Fagundes (PR) e Mauro Mendes (Dem) de ter que responder perguntas, no mínimo, constrangedoras referentes a escândalos verificados na atual gestão e que não podem ser debitados aos governos anteriores.
O fato do senador e do ex-prefeito de Cuiabá não terem cutucado em casos “indigestos” como o dos grampos telefônicos clandestinos, as delações do ex-secretário estadual de Educação, Permínio Pinto, e de Alan Malouf, que atuou na captação de recursos para a campanha em que Taques se elegeu governador em 2014, pode ser visto como um alívio ao governador e candidato à reeleição.
O mesmo ocorrendo com outros episódios desgastantes que não foram mencionados pelos dois concorrentes, como os calotes em fornecedores e as fraudes na Seduc e, neste caso, quem seriam seus beneficiários e mandantes; a roubalheira no Detran, iniciada na administração passada e que perdurou por quase três anos no governo de Pedro Taques.
Sem falar sobre vexame a que foi submetido o atual governador, por ter tido vários auxilares de primeiro escalão denunciados e presos por crimes de improbidade. Entre eles, o seu primo e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
Essa complacência de Mauro e Fagundes, segundo se avalia nos bastidres políticos, evitou que Pedro Taques fosse, no debate, para uma posição defensiva. Permitindo que ele tivesse uma atuação mais propositiva – a exemplo de poder ter fôlego e tempo para discorrer sobre reaizações que ele considera positiva nesses quatros anos que está governando Mato Grosso.
Providencialmente, o lado ruim e "podre" não entrou na pauta.