CS Mobi não vai à CPI e Abílio reforça críticas a contrato bilionário

CS Mobi não vai à CPI e Abílio reforça críticas a contrato bilionário Foto: Rennan Oliveira

A crise em torno do contrato da Prefeitura de Cuiabá com a empresa CS Mobi ganhou novo capítulo nesta semana. Convocada a prestar esclarecimentos na CPI do Estacionamento Rotativo, a concessionária recusou-se a comparecer, alegando que o prefeito Abílio Brunini estaria promovendo um “embate midiático” contra a empresa.

O gesto foi interpretado pelos vereadores como um desrespeito à investigação, que apura supostas irregularidades no contrato assinado na gestão passada. A ausência da CS Mobi reforçou a tensão entre a empresa e o Executivo municipal.

Enquanto isso, o prefeito Abílio Brunini endureceu o discurso. Ele afirmou que o contrato pode gerar um passivo de até R$ 850 milhões para os cofres públicos ao longo dos anos, com pagamentos mensais que beiram R$ 2,5 milhões. Segundo Abílio, o modelo firmado é “lesivo” ao município e pode exigir medidas drásticas, incluindo a rescisão.

O prefeito também declarou que pretende apresentar à CPI documentos que apontam possíveis irregularidades na licitação e até direcionamento no edital. “Não podemos aceitar que um contrato dessa dimensão seja mantido sem a devida transparência. Cuiabá precisa saber quem se beneficiou e de que forma”, disse.

Com a recusa da CS Mobi em dialogar e as denúncias apresentadas pelo prefeito, a CPI entra em uma fase decisiva. A comissão deve avaliar se há elementos para recomendar a rescisão do contrato e responsabilizar agentes públicos e privados envolvidos.