Secretário da Sinfra volta à Assembleia e detalha prazos e desafios do BRT em Cuiabá e Várzea Grande

Secretário da Sinfra volta à Assembleia e detalha prazos e desafios do BRT em Cuiabá e Várzea Grande Foto: ANGELO VARELA / ALMT

O secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, esteve novamente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso nesta segunda-feira (20) para prestar esclarecimentos sobre o andamento das obras do BRT nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A convocação partiu do deputado Lúdio Cabral (PT), que questiona os atrasos e os transtornos causados pelas intervenções nas avenidas do CPA, Prainha, Tenente-Coronel Duarte, Fernando Corrêa e Avenida da FEB.

Durante a audiência, Marcelo Oliveira esteve acompanhado dos engenheiros Isaac Nascimento Filho e Meiri Serci. O deputado Júlio Campos (União) também participou das discussões.

Segundo Lúdio Cabral, o objetivo foi cobrar informações sobre o descumprimento de prazos e a execução de trechos específicos. O parlamentar citou o acordo que previa a conclusão do trecho entre o Crea e o Hospital de Câncer até o fim de agosto, além de questionar os cronogramas da Prainha e da Avenida Fernando Corrêa.

O secretário apresentou um panorama atualizado das obras e garantiu que o trecho entre o Hospital de Câncer e o viaduto da Sefaz já foi concluído. As frentes entre o Crea e a Defensoria Pública ainda estão em fase final, com algumas travessias pendentes. Ele afirmou que o segmento entre o viaduto da Sefaz e a ponte do rio Cuiabá deve ser finalizado até 31 de dezembro, podendo se estender até fevereiro.

A licitação das estações e terminais está em andamento, e o trecho da Avenida Fernando Corrêa deve ser licitado em até 45 dias, com previsão de conclusão em 12 meses. “As obras estão avançando dentro de um cronograma apertado, mas estamos cumprindo. Se houver necessidade de prorrogação, será por pouco tempo”, disse Marcelo Oliveira.

O secretário confirmou que o contrato da nova etapa está orçado em R$ 156 milhões e que todo o sistema do BRT em Cuiabá e Várzea Grande será entregue até julho de 2026.

Marcelo também explicou por que as obras não ocorrem à noite. Segundo ele, a falta de mão de obra especializada inviabiliza a execução em tempo integral. “Não temos profissionais suficientes para manter todas as frentes ativas à noite. Trabalhar no escuro dificulta a identificação de falhas e compromete o resultado. A solução tem sido ajustar os turnos e estender parte da equipe para o período noturno”, afirmou.

Ele destacou ainda que as concretagens precisam ser interrompidas nos horários de pico para não travar o trânsito. “O transporte do concreto é outro desafio. Há horários em que o caminhão leva até 40 minutos entre a usina e o local da obra, o que impacta diretamente no tempo de execução”, explicou.

Ao fim da audiência, Lúdio Cabral disse que a Assembleia continuará acompanhando o andamento das obras e anunciou que pretende realizar novas reuniões dentro de três e seis meses para avaliar o cumprimento dos prazos e o impacto no trânsito.