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O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) declarou, em entrevista ao Estadão Mato Grosso, que já cogitou abandonar o processo que apura o assassinato de sua filha, a empresária Raquel Cattani, morta em julho de 2024, em Nova Mutum. A fala reflete o descontentamento do parlamentar com a demora da Justiça em marcar o julgamento dos acusados.
"Na verdade, não existe Justiça no nosso país. Por mim já teria desistido até desse processo, porque não tem Justiça, isso não existe e é um absurdo que acontece", disse Cattani.
Mais de um ano após o crime, o processo segue parado, sem data definida para o Tribunal do Júri. O deputado afirmou que continua acompanhando o caso apenas por insistência da esposa, que ainda espera um desfecho. "Tudo que existe no processo são benefícios para quem fez essa atrocidade com a minha filha e nenhum benefício às vítimas", completou.
Os acusados, o ex-marido de Raquel, Romero Xavier, e o ex-cunhado, Rodrigo Xavier, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso por feminicídio qualificado, com agravantes de pagamento, crueldade e emboscada. Ambos seguem presos preventivamente.
O CASO RAQUEL CATTANI
Raquel Cattani foi assassinada na manhã de 19 de julho de 2024, na chácara onde morava, na zona rural de Nova Mutum. De acordo com as investigações, ela recebeu mais de 30 golpes de faca desferidos por Rodrigo Xavier, que agiu a mando do ex-marido, Romero.
O crime, que teve forte repercussão em todo o estado, foi motivado por vingança e disputas pessoais, segundo o Ministério Público. Rodrigo foi preso em flagrante e confessou a execução. Romero foi localizado dias depois e também detido. Um ano e quatro meses depois, o caso segue sem julgamento e é alvo de críticas pela demora no andamento judicial.
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