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O embate entre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue provocando ruído político em Mato Grosso. Enquanto o deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) afirma que a direita está coesa, o colega Júlio Campos (União Brasil) reconhece que o campo conservador vive um momento de divisão que pode enfraquecer o grupo nas eleições de 2026.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Faissal negou qualquer ruptura e disse que Mauro Mendes nunca representou o pensamento de direita. “O governador de 2021 mandou taxar o Sol, criando mais um imposto para o contribuinte. Em 2022, defendeu a desapropriação de quem praticasse desmatamento e ainda aderiu a uma ação do PSOL no STF. Isso não é atitude de um político da direita”, afirmou. Para o parlamentar, o momento é de “separar o joio do trigo” e preservar os princípios conservadores.
Júlio Campos, por outro lado, adotou tom de alerta. Ele avaliou que a direita, em âmbito estadual e nacional, enfrenta sérias dificuldades para manter a unidade e que a fragmentação pode favorecer o campo adversário. “A maioria dos militantes do PL defende candidatura própria do senador Wellington Fagundes. Uma minoria, ligada ao governo, prefere não ter candidato. Isso é ruim para a democracia, pois todos deveriam apresentar seus nomes e projetos”, observou.
No cenário nacional, o parlamentar apontou que a disputa entre o grupo bolsonarista e a ala moderada compromete candidaturas estratégicas como a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo ele, enquanto a direita se divide, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolida sua posição. “O Lula hoje já está bem fortificado, não resta dúvida”, resumiu.
As declarações evidenciam visões opostas dentro do campo conservador mato-grossense: Faissal defende que a direita segue firme sob o legado bolsonarista, enquanto Júlio Campos admite que o cenário de desunião ameaça a força eleitoral do grupo em 2026.
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