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O senador Jayme Campos voltou a colocar seu nome com força na disputa pelo governo de Mato Grosso em 2026. Com o estilo direto que o caracteriza, ele reafirmou que já está construindo sua pré-candidatura, mas deixou claro que só seguirá adiante se tiver respaldo do próprio União Brasil. A posição escancara o clima de tensão dentro da sigla, que vive um embate silencioso entre o projeto interno de Jayme e o compromisso do governador Mauro Mendes com o vice Otaviano Pivetta, do Republicanos.
Jayme diz contar com amplo apoio da base partidária. Segundo ele, a estrutura municipal do União Brasil já sinaliza preferência pelo seu nome.
“A candidatura minha tem que nascer do União Brasil. Se eu não tiver apoio do União Brasil posso ir embora para casa. Tem 64 prefeitos do União Brasil, pode fazer uma pesquisa agora, eu tenho 80%, por baixo. Dos vereadores, no mínimo 80%. O que mais que eu quero? Isso sem fazer nenhuma pesquisa, só nas conversas que eu tenho tido. Tem deputado estadual, deputado federal”, afirmou.
O senador também reforça que a disputa interna precisa ser conduzida dentro das regras partidárias, sem imposições externas. Ele reconhece apenas um ponto já estabelecido: Mauro Mendes tem compromisso público com Pivetta como seu sucessor.
“Eu tenho a base partidária, quem tem compromisso no partido. Até onde eu tenho conhecimento tem o Mauro que tem compromisso com o vice-governador. Daí para frente, temos que trabalhar e cada um construir a sua candidatura”, pontuou.
As declarações mostram que o União Brasil caminha para um confronto político inevitável. De um lado, Jayme mobiliza prefeitos, vereadores e quadros históricos da sigla para defender uma candidatura genuinamente interna. Do outro, Mauro Mendes tenta preservar a continuidade administrativa apostando em Pivetta, o que empurra o partido para um alinhamento externo.
A definição deve se estender pelos próximos meses, mas o recado de Jayme está dado: ele quer a cabeça da chapa e pretende disputar o governo com o carimbo do União Brasil. O partido, porém, ainda terá de decidir qual rota seguirá: a do cacique histórico ou a do governador que encerra mandato com forte influência política no Estado.
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