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O vereador por Cuiabá, Tenente Coronel Dias, conseguiu as assinaturas necessárias para abrir uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a licitação que resultou no contrato da Prefeitura com a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo e pela construção do Mercado Municipal Miguel Sutil. O movimento reabre um debate que vinha sendo empurrado desde o encerramento da primeira CPI, em outubro.
O parlamentar informou que recebeu 11 assinaturas favoráveis, número acima do mínimo exigido, e que o requerimento já está apto para ser levado ao plenário. Caberá agora ao Colégio de Líderes definir quem será o presidente, o relator e o terceiro membro da comissão.
Segundo Dias, a nova investigação nasce de uma necessidade clara de transparência sobre um contrato considerado por ele como extremamente oneroso e complexo. O vínculo firmado na gestão passada tem validade de 30 anos e envolve diferentes frentes de serviços, como a administração de vagas rotativas, a construção do mercado e a atuação como empresa de tecnologia.
O vereador defende que a primeira CPI não conseguiu avançar sobre pontos essenciais porque estava limitada a investigar apenas o contrato em si. As novas provas apresentadas pelo prefeito Abílio Brunini, que apontariam possíveis problemas no processo licitatório, também não foram incluídas no relatório final.
Para o parlamentar, isso deixou lacunas demais. Dias afirma que a principal frente agora será destrinchar como o processo licitatório foi conduzido, por que houve junção de objetos considerados incomuns e por que pareceres de procuradores do Município não foram seguidos.
O vereador quer entender as razões dos aditivos assinados, as motivações para manter o formato atual da concessão e se houve algum tipo de direcionamento no procedimento. Ele reforça que não parte do pressuposto de irregularidade, mas de um contrato “complexo demais para passar sem uma devassa”.
A CPI deve ser oficialmente instalada nos próximos dias, após a definição dos membros. A expectativa é de que a nova investigação, diferentemente da anterior, aprofunde a análise sobre a formação da parceria público-privada que hoje pauta grande parte das críticas à CS Mobi e ao modelo de estacionamento rotativo no centro da capital.
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