ASSESSORIA
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro disse que há uma relação direta entre mineração e produção de alimentos no Brasil, embora o público em geral ainda não entenda.
Fávaro lembrou que o Brasil só se tornou um dos maiores produtores agrícolas do mundo graças à ciência aplicada aos solos e ao uso de minerais como calcário e fosfatos. Esses insumos permitiram corrigir a acidez e neutralizar o alumínio tóxico, tornando produtivas áreas que antes não tinham potencial agrícola.
“O Cerrado brasileiro só virou potência porque a pesquisa identificou como corrigir o solo. Isso só foi possível graças à mineração”, afirmou.
Ele citou estados como Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí, que hoje são referências na produção de grãos, mas só alcançaram esse posto após décadas de investimento em correção e fertilização do solo.
“Quando você tem um solo corrigido e estruturado até 1,40 metro de profundidade, mesmo com estação seca rigorosa a planta se mantém viva e produtiva. Isso é mineração na veia”, disse.
Segundo ele, o ministro disse que a mineração é prejudicada pela atuação de uma minoria irregular, embora a maior parte do setor trabalhe de forma responsável.“A grande maioria quer trabalhar certo e dentro das regras. Esse setor gera emprego, renda, tecnologia e precisa ser reconhecido como estratégico”, afirmou.
Para ele, o licenciamento mineral, considerado um dos maiores gargalos do segmento. Hoje, a espera por uma autorização pode ultrapassar dez anos. Para ele, esse prazo inviabiliza investimentos.
“Um empreendedor não aguenta esperar uma década para começar a produzir. Precisamos de processos mais ágeis, com segurança jurídica, mas sem burocracia que inviabilize negócios”, disse.
Ele defendeu o uso de tecnologia, digitalização e inteligência artificial para acelerar análises tanto no governo federal quanto nos estados. Segundo o ministro, iniciativas testadas em Mato Grosso podem servir de modelo para o país.
Ao falar sobre segurança alimentar, Fávaro foi enfático: a mineração é indispensável para o agronegócio. O Brasil importa 92% do potássio que consome e metade do fósforo, o que cria vulnerabilidade diante de crises externas.
“Sem calcário, sem fosfato, sem potássio, não existe agricultura. É simples assim”, afirmou. O ministro ressaltou que o país busca alternativas, como remineralizadores de solo e novas fontes minerais.
Ao final da visita, Fávaro elogiou a Expominério, destacando o papel do evento ao dar visibilidade a um setor que, historicamente, permaneceu pouco compreendido.
“A Expominério mostra que a mineração brasileira é moderna, inovadora e necessária. Quem vê de perto percebe que esse setor é técnico, responsável e essencial para o desenvolvimento”, declarou.
(com assessoria)
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