O ex-governador Pedro Taques confirmou que vai assumir a presidência estadual do PSB ainda nesta semana. A mudança foi articulada pela direção nacional do partido e deve resultar na saída do atual presidente da sigla em Mato Grosso, o vereador Ilde Taques.

Segundo o ex-governador, o convite partiu diretamente do presidente nacional, João Campos, e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A formalização será enviada até quarta-feira e deve ser acompanhada de um evento em Brasília para oficializar a filiação.

Taques reconheceu que a chegada ao PSB provocará um esvaziamento interno imediato. Cerca de 15 prefeitos devem deixar o partido para acompanhar o deputado Max Russi, que se filiará ao Podemos na próxima janela partidária. Apesar disso, o ex-governador afirmou que o foco agora será reorganizar a estrutura municipal e conversar com os quase 200 vereadores que permanecem na sigla.

“Eu quero conversar sem briga, sem confusão, para que nós possamos ter um PSB fortalecido no Estado de Mato Grosso”, disse.

Além da reestruturação, Taques admitiu que o PSB trabalha para lançar uma chapa completa nas eleições de 2026, incluindo nomes para deputado federal, estadual e uma candidatura majoritária ao Senado. Ele não descartou disputar a vaga, o que o colocaria diretamente na rota do atual governador Mauro Mendes, que aparece à frente nas pesquisas divulgadas até agora.

Taques também revelou que não pretendia voltar à vida pública após a derrota de 2018, mas mudou de posição após declarações de Mendes. Segundo ele, o governador o mandou “calar a boca” após críticas públicas, o que serviu de motivação para retornar ao cenário político.

“A partir disso, comecei a repensar meu papel e decidi voltar a militar politicamente”, afirmou.

A substituição no comando do PSB deve ser oficializada nos próximos dias. Com o retorno de Pedro Taques, o partido se reposiciona como uma das frentes de oposição ao governo estadual nas eleições de 2026.