PONTA DO ICEBERG: Delações de Silval devem trazer ainda um “tsunami” de operações em MT
PONTA DO ICEBERG: Delações de Silval devem trazer ainda um “tsunami” de operações em MT
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22/02/2018 - 18:53
silval56
RedaçãoPodem ser apenas a ponta de um imenso iceberg, com muitos desdobramentos. As delações do ex-governador Silval Barbosa, de sua esposa Roseli Barbosa, do filho do casal, Rodrigo da Cunha, do irmão do ex-governador, Antonio Cunha Barbosa, e do ex-chefe de Gabinete do do então governador, Sílvio César Correa, denunciando um total de 119 esquemas lesivos aos cofres públicos mato-grossenses devem evoluir para muitas outras operações com vistas a investirgar os desmandos.A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou que as delações premiadas do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), e de seus familiares sejam reunidas num mesmo inquérito para eventual desmembramento. Ao todo, de acordo com a chefe do Ministério Público Brasileiro, Raquel Dogde, Silval e familiares relataram 119 esquemas ilícitos que devem ser julgados em sua respectiva instância do Poder Judiciário dependendo dos envolvidos.As informações são do site Midia News. Os acordos de colaboração premiada foram firmados com a própria PGR e motivaram a deflagração pela Polícia Federal (PF) da operação “Malebolge” (12ª fase da “Ararath”), em setembro de 2017.A operação, entre outras medidas, afastou cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). A ação tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob relatoria do ministro Luiz Fux, que já autorizou a incorporação dos inquéritos. “Considerando a conveniência de que os diferentes expedientes originados da Operação Ararath sejam objeto de avaliação conjunta pela autoridade Policial e, oportunamente, pelo órgão do Ministério Público - mormente para o fim de que se afira a extensão da relação existente entre os detentores e não detentores de foro especial neste Tribunal -, mostra-se salutar, efetivamente, a reunião dos procedimentos. Desse modo, defiro o pedido formulado pela Procuradora-Geral da República na promoção retro para o fim de determinar a remessa do presente expediente ao Departamento de Polícia Federal para juntada ao Inquérito 4596 e prosseguimento das investigações”, disse Fux.Silval relatou 76 esquemas ilícitos, como a compra da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, distribuição de “mensalinho” aos deputados, fraudes em pagamentos de precatórios, etc. Já seu irmão teria apontado esquema de corrupção no Detran de Mato Grosso envolvendo os deputados estaduais Eduardo Botelho e Mauro Savi, ambos do PSB, além do ex-deputado federal Pedro Henry.Roseli Barbosa, esposa de Silval e ex-secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT), relatou fatos referentes a operação “Arqueiro”, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), e que apura fraudes em convênios entre a pasta e empresas prestadoras de serviço.Já o filho do casal, Rodrigo da Cunha Barbosa, denunciado na segunda fase da operação “Sodoma”, narrou as cobranças de propinas de empresas que mantinham contratos com o governo e que desejavam continuar usufruindo de benefícios fiscais. Sílvio Corrêa, ex-Chefe de Gabinete de Silval, apontou 24 esquemas ilícitos seguindo a mesma linha da delação do ex-governador.