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Criminoso alvejado em confronto policial ostentava longa ficha de crimes

Redação Com apenas 28 anos e longa ficha de crimes cometidos por meios cruéis, Kelves Gonçalves da Silva acumula passagens por roubo a banco, tentativa de homicídio, homicídio, tráfico de drogas, receptação, porte ilegal de arma de uso restrito e extorsão mediante sequestro. O criminoso era procurado pelo sequestro de uma empresária, ocorrido em 17 de novembro de 2017, em Cuiabá, e tentativa de homicídio contra um investigador da Polícia Civil.     Com a localização do último envolvido no sequestro, o caso foi encerrado pela Polícia Civil, com 15 pessoas indiciadas.   O suspeito Kelves e seu comparsa Jean Pierre Queiroz Oliveira, 27 anos, entraram em confronto com policiais das Gerências de Combate ao Crime Organizado (GCCO), de Operações Especiais (GOE) e Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva), em operação na madrugada desta terça-feira (26). O trabalho operacional para identificar o esconderijo do criminoso teve apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). Na entrada à residência houve confronto armado, onde o suspeito e um comparsa foram alvejados e posteriormente foram a óbito numa unidade hospitalar de Cuiabá.    O secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia, destacou o esforço conjunto das unidades da Polícia Judiciária Civil na investigação. “Precisava ser dada uma resposta de prendê-lo. Infelizmente, estava armado e a Polícia usou os meios necessários para conter a agressão. Parabenizamos os policiais por se dedicarem em apurar o crime e identificar a autoria. A participação da Inteligência e do Ciopaer foi de extrema importância. Isso mostra a unidade da Polícia Civil”, disse. Investigações  Conforme o delegado adjunto da Derrfva, Marcelo Martins Torhacs, o criminoso era o último foragido do sequestro de uma empresária na capital e da tentativa de homicídio contra o investigador Sidney Ribeiro do Santos, baleado durante o resgate, na madrugada do dia 18 novembro de 2017.   “Desde aquele momento houve a prisão de vários indivíduos. Foram feitas várias incursões do Gcco, Derrfva, Goe e outras unidades policiais que geraram a prisão de mais de 15 pessoas, mas faltava o principal, o articulador dessa ação criminosa, que é justamente o Kelves Gonçalves da Silva”, afirmou.   A localização dele teve apoio  do Núcleo de Inteligência do GCCO, levando ao paradeiro exato, uma residência no bairro Jardim Vitória, local onde recebeu ajuda do comparsa para se esconder.   “Foi feito um planejamento junto com a Gerência de Operações Especiais, a Derrfva e outros policiais operacionais e foi feita a incursão. As informações davam conta que Kelves estava na posse de armamento de grosso calibre, que se confirmou na diligência. Houve reação dos indivíduos e não houve outra alternativa senão efetuar disparos buscando repelir essa agressão contra os policiais”, explicou o delegado.   Após serem alvejados, os dois foram imediatamente encaminhados ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, mas não resistiram aos ferimentos.    No local do confronto os policiais apreenderam uma pistola 9 mm, mesmo calibre da arma que efetuou os disparos no investigador, uma submetralhadora 9mm, munições, carregadores, um rádio HT - que copia frequência policia - e porções de drogas.   O delegado do GCCO, Diogo Santana, disse que Kelves estava com dois mandados de prisão em aberto, um pelo homicídio do taxista Douglas da Silva Dantas, 34 anos, que foi degolado e o corpo encontrado próximo ao aterro sanitário no bairro Barreiro Branco, em 9 de agosto do ano passado. O outro mandado era pela extorsão mediante sequestro da empresária.   O delegado esclareceu que as circunstâncias das mortes serão apuradas pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), para que não reste dúvida da legitimidade da ação. “Como medida de praxe em casos desta natureza, as armas dos policiais diretamente envolvidos no confronto foram apreendidas e serão encaminhadas à perícia. A apreensão de armas é procedimento corriqueiro em casos assim”, informou Santana.   O delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira considerou o confronto uma ação de legítima defesa, diante da periculosidade do criminoso. “Era uma pessoa extremamente perigosa e estava fortemente armado”, disse.