EX-ALIADO: Em entrevista “bombástica”, Pivetta desfecha duras críticas e diz que Pedro Taques não deveria se candidatar à reeleição ao Governo do Estado

 EX-ALIADO: Em entrevista “bombástica”, Pivetta desfecha duras críticas e diz que Pedro Taques não deveria se candidatar à reeleição ao Governo do Estado PIVETTA
RedaçãoO governador Pedro Taques continua enfrentando críticas e dissenções de aliados importantes, que caminharam com ele  e tiveram papel de destaque na última eleição, a exemplo do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Piveta. No entanto, se Taques enfrenta hoje o dilema de estar perdendo aliados pontuais que caminharam com ele antes,  também vem granjeando simpatia e apoio junto a novas forças políticas emergentes no Estado, entre as quais vem se destacando o Solidariedade, comandado em Mato Grosso pelo prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio e tem como líder nacional o deputado e sindicalista Paulinho da Força.  O ex-prefeito de um dos maiores polos agrícolas do Estado, Pivetta foi um dos principais articuladores da campanha que levou Taques ao comando do Palácio Paiaguás e hoje se diz “desiludido” com o aliado que estaria fazendo um governo em “ruínas”.Após a vitória de Pedro Taques no prinmeiro turno das eleições de 2014, Pivetta comandou a equipe de transição do governo, levantando os primeiros dados sobre a real situação administrativa, econômico e financeira do Estado, realizando um trabalho considerado eficiente.Atualmente rompido com o governador, Otaviano Pivetta, em entrevista à Rádio Capital nesta quinta-feira (15), afirma que Pedro Taques “se fizer uma reflexão profunda” não ira disputar sequer a reeleição deste ano. Confira trechos das declarações de Pìveta“Não sabemos nem se o Taques vai ser candidato. Acho que se ele fizer boa reflexão, sem nenhuma ilusão, vai ver que é inconveniente pra sociedade. Não tem direito nenhum de pleitear uma reeleição”. Referência ao currículo: O ex-aliado de Pedro Taques reconhece que Taques foi “um procurador da República exemplar, um senador de destaque e muito bem avaliado na política nacional, mas falhou na como governador”. “Acreditávamos que ele seria o grande governador de Mato Grosso. Nessa última empreitada ele frustrou não só a mim, mas ao povo de Mato Grosso. O Governo dele é sem nenhuma estratégia, sem planejamento, sem rumo”, desabafou. “Como governador, ele foi testado e reprovado. Falo isso com pesar. Eu fui um entusiasta desse projeto. Estaria realizado se ele tivesse honrado nossos sonhos. Repito: acho que o Pedro perdeu o direito de pretender continuar no Palácio. A sociedade o elegeu no primeiro turno e o Governo dele é medíocre”, afirmou o ex-prefeito. “Não sinto alegria de falar isso do Pedro, mas infelizmente essa é verdade. O Governo não foi exitoso, foi frustrante e não tem mais tempo para recuperar. O que vimos foi muita lambança, muita intriga, conflito. É um Governo em ruínas em todos os aspectos”, disse. Para Piveta, o governador se omitiu em realizar as reformas que o Estado precisa. "Não foram tomadas as medidas necessárias para enxugar o Estado, torná-lo eficiente, diminuir custo e também não foram priorizados os setores da educação, saúde, segurança e infraestrutura. O que vemos hoje no Estado é uma crise muito maior de gestão do que de recursos propriamente dita”.Enfrentamento com os servidores públicos também foi alvo de questionamentos de Pivetta. “A gente acreditava que ele seria um bom executivo. Não é. Frustrou. Houve uma desagregação geral, um enfrentamento cego com servidores públicos. Governo nenhum consegue viabilizar um bom mandato sem o engajamento dos servidores”, disse. “É o perfil dele, ele se mostrou muito autossuficiente desde o início, tomando decisões isoladas. Fato é que governo não evoluiu da maneira virtuosa que imaginávamos que ele fosse fazer”, acrescentou o ex-prefeito. Perda de aliados recebeu um capítulo na entrevista do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde.“Não vejo um aliado de primeira hora que esteve com ele, querendo apoiá-lo. Não vejo ninguém. Ele ganhou a eleição, não ficou devendo pra ninguém. Talvez na história é pessoa que teve melhores condições de implantar um governo revolucionário, livre, em favor de colocar o Estado para servir à sociedade. Ele não fez isso. Infelizmente, essa é realidade que se constata hoje. É muito difícil virar esse jogo daqui pra frente”, concluiu.