DEU NO PÉ: Brasileiro "mamãe caguei" que foi à Ucrânia lutar contra invasão russa, foge ao primeiro ataque: "não imaginava que era guerra"
DEU NO PÉ: Brasileiro "mamãe caguei" que foi à Ucrânia lutar contra invasão russa, foge ao primeiro ataque: "não imaginava que era guerra"
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15/03/2022 - 06:12
Redação
Está na mídia. A coluna reproduz a história protagonizada por um rapaz que achou ser guerra de verdade o mesmo que postagens na internet.
Antes de seguir para a área de conflito. no Leste Europeu. quando ainda estava no Brasil. o "voluntário" vivia postando nas redes sociais, imagens e mensagem com armas pesadas e pistolas e se dizia defensor de políticas armamentistas e outras pautas de extrema-direita. Antes desse "combatente", é oportuno lembrar que outro brasileiro, que comunga de ideologia parecida com a dele, fez muito pior na Ucrânia e sua presença por lá ficou pontuada por grosserias e observações de taradismo sexual contra mulheres ucranianas.
Diante disso, a galera que toma conta das mídias digitais está chamando o "fujão" da batalha de "Mamãe Caguei". Obviamente, em alusão ao "Mamãe Falei", o outro direitona que esteve na Ucrânia e tentou fazer "turismo sexual".
Confira a íntegra da notícia:
Um brasileiro que integrou a base militar da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, atingida ontem (13) por um ataque aéreo russo na região de Lviv, falou, em um vídeo publicado nas redes sociais, da fuga para a Polônia após o bombardeiro.
Nas redes sociais, o instrutor de tiro paranaense Tiago Rossi, 28, exibia a sua rotina em território ucraniano. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele também reproduziu mensagens negacionistas, favoráveis à intervenção militar, à política armamentista e publicações de cunho homofóbico. Após o bombardeio, Rossi bloqueou o seu perfil no Instagram para desconhecidos.
O ataque à base militar deixou ao menos 35 pessoas mortas, segundo o governo ucraniano. Já a Rússia disse que o ataque matou "até 180 mercenários estrangeiros" e destruiu grande parte do armamento fornecido por países do Ocidente.
Rossi, que disse ter se apresentado como voluntário junto ao exército ucraniano, contou que viveu na base em Starychi, perto de Lviv. O Campo Militar de Yavoriv, alvo do bombardeio, fica a cerca de 25 quilômetros da fronteira da Ucrânia com a Polônia, para onde ele disse ter fugido.
Ao UOL combatentes brasileiros na Ucrânia confirmaram que ele estava na base, mas escapou após o primeiro ataque.
Segundo o vídeo publicado por Rossi, o primeiro ataque ocorreu por volta das 3h de domingo (22h de sábado pelo horário de Brasília). "Veio um caça e soltou um míssil. A gente saiu correndo, foi pro meio do mato", disse ele.
Rossi relata que os combatentes voltaram a se reunir após o primeiro ataque, para verificar eventuais baixas na unidade. "Eles estouraram toda a parte de paiol [local onde ficar armazenadas as armas], do centro médico, acabaram com tudo."
Ele afirmou então ter recebido a orientação de deixar o local "o mais rápido possível" após fazer contatos com pessoas de fora da unidade, sem mencionar quem seriam. "Falei com o comandante da legião, avisei que a gente ia sair. Eles quiseram ficar na base", contou Rossi no vídeo.
Quando já estava perto da fronteira com a Polônia, Rossi disse ter sido informado de um outro ataque. "O bombardeio russo voltou e simplesmente acabou com a base. Mataram todo mundo que estava lá. E, graças a Deus, eu saí. A gente tá aqui dentro da Polônia agora."
No momento em que fez o vídeo, Rossi informou estar com outros combatentes em um ônibus na Polônia..
É muito sério isso. Não imaginava o que era uma guerra. A gente tomou a decisão de sair na hora certa. A gente está indo para um local para descansar para voltar ao combate"