Por PVC O Dérbi foi mais uma demonstração de que Abel Ferreira usa uma estratégia para cada jogo. Diferentemente da partida contra o São Paulo, quando fez 1 x 0 aos 10 minutos e atrasou a marcação -- o time de Rogério Ceni tem dificuldade contra defesas fechadas -- contra o Corinthians o Palmeiras seguiu ocupando o campo de ataque e desarmando nos pés dos zagueiros de Vitor Pereira. Era exatamente o estilo que o novo treinador corintiano desejava para sua equipe, mas não conseguiu realizar muito em função de estar iniciando seu trabalho. O Corinthians esbarrou na vitalidade do Palmeiras. Houve um momento, aos 30 do primeiro tempo, em que os palmeirenses recuperaram quatro vezes seguidas a bola no ataque.   Danilo foi o melhor em campo, disparado. Tirou Renato Augusto do jogo, com marcação especial, fez três desarmes, dois lançamentos, finalizou duas vezes, só errou dois passes e marcou o segundo gol, no momento mais delicado para o Palmeiras. O Corinthians esboçou reação no início da segunda etapa. Roger Guedes sofreu pênalti de Murilo e cobrou com categoria. Embora não jogasse o suficiente para empatar, o Corinthians ameaçou a partir daí. Até que Scarpa cobrou escanteio, aos 25 minutos, Rony desviou de cabeça e Danilo, volante clássico, aproveitou o rebote como se fosse centroavante. Vitor Pereira não conseguiu repetir a atuação contra a Ponte Preta e há hipóteses para isso. A Ponte é a vice-lanterna do campeonato, o Corinthians tem seis titulares acima de 31 anos e o desgaste dificulta a ter a mesma quantidade de desarmes na frente do campo. O Palmeiras escalou sete entre 23 e 28 anos. A montagem do elenco também é parte do cardápio. Com a vitória, o Palmeiras garante a primeira colocação e jogará até as semifinais em casa. Se vencer o Bragantino no domingo, terá a garantia de fazer a final também no Allianz Parque, se chegar até lá.