Secretário de Saúde de MT critica medida que pode afetar combate à covid-19 por deixar de considerar a doença como pandemia
Secretário de Saúde de MT critica medida que pode afetar combate à covid-19 por deixar de considerar a doença como pandemia
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30/03/2022 - 16:21
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Redação
A notícia que o Governo Federal pode rebaixar o status da Covid-19 no Brasil de pandemia para uma endemia foi alvo de críticas do secretário estadual de Saúde Gilberto Figueiredo, em declaração à imprensa local, na manhã de hoje.
O titular da pasta alerta que a medida de rebaixar a qualificação da doença é inoportuna diante do fato que existem vários países que começaram a fazer lockdown novamente. Ele também considerou desnecessária e irrelevante tratar pandemia como endemia, porque não muda a genética do vírus.
Entretanto, as consequências negativas nessa mudança de status da covid-19, caso ocorra, farão com que a doença deixe de ser tratada como uma emergência de saúde, fazendo com que várias medidas de combate ao coronavírus percam a validade.
Para Figueiredo, mais importante que mudar o status de pandemia para endemia, é necessário que as autoridades sanitárias e os governantes do país unam esforços para manter os níveis de transmissão e infecção baixos.
“Na verdade, isso muda muito pouco, né? Quem classifica como pandemia não é nem o Governo Federal, mas sim a Organização Mundial de Saúde. Essa é uma doença que está alastrada no mundo inteiro, e o que mudaria esse entendimento aqui no país? Acho que não muda em nada. Então isso pra mim é irrelevante. O que eu acho relevante é que o governo federal e os governos estaduais e municipais precisam estar atentos. né? Existem variantes circulando em países, que já começam a ter lockdown de novo. Nós precisamos é nos manter vigilantes a situação nesse momento, que é confortável”, apontou.
“Vários municípios sequer tem registro de casos novos. Nossas taxas de ocupação de leito de UTI estão entre as menores do país e, por isso, nós devemos desativar novos leitos de UTI e enfermaria, para liberar os hospitais, para que possam acentuar a velocidade das cirurgias eletivas. É assim que ocorre, com avaliação permanente. Se o cenário mudar, teremos que novamente tomar decisões confortáveis. Por isso que eu sempre digo que, à luz das evidências epidemiológicas de cada município, os gestores tem que tomar a decisão. As decisões que os prefeitos tomam hoje estão alicerçadas nos boletins que mostram ou não a necessidade de adotar novas medidas ou de flexibilizar as medidas existentes”, afirmou.