MANÉ CATRACA: Com disparadas nos preços dos alimentos, consumidores cuiabanos pagam mais e levam menos; além dos “ossinhos”, pode vir a “fila do pão”

MANÉ CATRACA: Com disparadas nos preços dos alimentos, consumidores cuiabanos pagam mais e levam menos; além dos “ossinhos”, pode vir a “fila do pão” mane catraca
Na fila da padaria de um supermercado de Cuiabá, um senhor sentiu no bolso o aumento do pãozinho, quando se aproximou da gôndola onde estavam expostos, ainda recém-saídos do forno. “Com esse aumento, que agora estão culpando que é pela guerra da Rússia com a Ucrânia, o jeito é encolher a barriga, pagar mais e levar menos pão”, lamentou o idoso. À espera de chegar a sua vez, um rapaz que estava atrás, emendou: “Do jeito que vai, logo, logo, além da ‘fila dos ossinhos’, vamos ter também a fila de pessoas mendigando pão”, ironizou. Até diante da crise econômica e a carestia, o povo cuiabano não perde a irreverência e tira “sarro”.  É o lado bom. É aquela velha história: pode perder “o amigo, menos a piada”. Só não vale tapa na cara, como aconteceu com o humorista que, na solenidade de entrega do Oscar, fez a piada (aliás, de mau gosto) com a careca da esposa do astro Will Smith e levou um tabefe na bochecha. Ironias à parte, o preço do quilo do pão foi reajustado entre 12% e 20% no País, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip). O preço do quilo do pão hoje oscila entre R$ 12 e R$ 22, segundo a entidade. "De acordo com os estoques de farinha e o tipo de empresa, localizada num bairro simples ou mais nobre, o preço e o porcentual de aumento variam", afirmou Paulo Menegueli, presidente da entidade que reúne quase 70 mil padarias no País. A farinha de trigo, que representa de 30% a 35% do custo do pão, subiu nos últimos 30 dias, em média, entre 20% e 23%, disse.