MANÉ CATRACA: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come"; caso do etanol que segue alta da gasolina
MANÉ CATRACA: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come"; caso do etanol que segue alta da gasolina
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03/04/2022 - 20:58
Mané Catraca
A história se repete: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come"... Não tem escapatória quando os alicerces e fundamentos econômicos degringolam, como ocorre agora no Brasil.
A exemplo do que acontece com os combustíveis, onde um preço puxa outro e, pior, sempre para cima.
É o caso do etanol que, embora não derive do petroleo e seja da cana de açúcar ou de outros vegetais, entre os quais o milho, esse combustível tende a acompanhar alta da gasolina.
É complicado entender esses meandros macroeconômicos, mas vamos tentar:
Com a alta do preço da gasolina, especialistas explicam que o etanol recebe uma demanda maior, o que encarece o produto. É óbvio.
Enquanto isso, os tanques dos carros e das motos andam na reserva e muita gente já está gastando a sola do sapato (quando tem um) para se deslocar Brasil afora...
Para resolver essas distorções elencadas acima, não será o mercado, o liberalismo capitalista que vai corrigir isso por iniciativa e conta própria.
Nessas horas, se faz necessário governantes com sensibilidade social, competência e vontade política para fazer a moderação na ganância dos que ganham sempre: sem crise e mais ainda com crise!
E não vale discursos e bravatas de transferência de culpas e responsabilidades, porque esse jogo manjado equivale a "jogar para a plateia". Não funciona!
Leia o que dizem fontes do chamado "mercado":
“Havendo um preço alto da gasolina, aumentará a demanda e [o etanol] tende a se encostar em uma faixa de competitividade do petróleo.
Para a gasolina, a alta foi de 18% e, para o diesel, de quase 25%. Os novos valores começaram a ser praticados em 11 de março.
Com a alta do preço da gasolina, especialistas explicam que o etanol recebe uma demanda maior, o que encarece o produto.
E, apesar dos preços dos combustíveis continuarem subindo no Brasil em meio à alta do petróleo, uma interferência do governo federal na política de preços da Petrobras não faz sentido, aponta fonte do mercado
“A companhia é uma empresa de economia mista e, através do Tesouro Nacional, o governo possui a maior porcentagem de ações. Porém, a medida pode prejudicar quase um milhão de acionistas, sendo uma boa parte pessoas físicas que colocaram o fundo de garantia [nos papéis], acreditando que a Petrobras teria uma gestão responsável”.
Mexer em combustíveis artificamente não é o que faz diferença na inflação, “você tem problemas estruturais muito maiores”.
Outro ponto sobre o reajuste dos preços é que a manipulação da cotação afasta investidores, “o que é extremamente prejudicial e nefasto para a Petrobras”.