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PRISÃO DE PRIMOS: “Não vou permitir que joguem o nome de minha família no lixo”, desabafa Pedro Taques
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10/05/2018 - 14:05
PEDRO TAQUES
RedaçãoEm conversa com jornalistas, na manhã desta quinta-feira (10), o governador Pedro Taques (PSDB) externou contrariedade com os últimos acontecimentos que envolveram a prisão de dois primos seus: os advogados e irmãos Paulo Taques e Jorge Zamar Taques, detidos pelo Gaeco na manhã de quarSa-feira (09), na Operação Bônus, 2ª fase da Bereré, que apura esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro no âmbito do Detran-MT e que vinha ocorrendo, segundo a denúncia, desde o governo de Silval Barbosa.No entanto, o governador evitou fazer um julgamento precipitado sobre a conduta dos primos. “Este fato precisa ser investigado, mas eu não costumo e não vou julgar as pessoas antes de conhecer o processo. Não conheço o processo, não li o processo. As pessoas precisam ter direito ao contraditório e à ampla defesa e, aí, o Judiciário vai decidir”“Estão querendo jogar o nome da minha família no lixo, e isso não vou permitir. Os adversários, aventureiros, aqueles que querem voltar ao passado, esses não preciso convencer. Me cabe falar ao cidadão. O nosso governo tem procurado fazer tudo o que é correto. Agora, eu não posso ser responsável por todos os atos de todos os servidores. Aliás, não sei nem se houve ato lesivo na nossa administração”, disse. CONTRATO ROMPIDOCom relação ao contrato da EIG Mercados, empresa que é acusada de ser pivô do esquema de desvios no Detran, o governador disse que, tão logo os fatos vieram à tona, todas as providências cabíveis foram tomadas pela sua gestão, entre as quais cancelar o contrato com a empresa acusada de cometer falcatruas.
Quanto a suposta influência de Paulo Taques, que ocupou a chefia da Casa Civil nos dois primeris anos do governo, o chefe do Executivo disse que não existe essa protagonismo do advogado sobre a administração estadual. “Eu não converso com Paulo Taques há quase ano. Não há nenhuma influência dele no Governo, tanto que todas as áreas da Casa Civil já foram preenchidas. Mas precisa provar qual ato foi esse. Qual ato o nosso Governo praticou de errado, de ilícito, de imoral, para que seja responsabilizado. Objetivamente é isso”, afirmou.
APURAÇÃO
“Vou querer saber qual ato foi praticado na nossa administração que trouxe prejuízo ao cidadão. Porque nós praticamos todos os atos necessários. Fomos ao MPE, todos os secretários foram lá. Se foi praticado algum ato [errado], as pessoas têm que ser responsabilizadas. Ninguém está acima da lei. Minha família está aqui desde 1720. Não vou permitir que aqueles que roubaram Mato Grosso possam enxovalhar, menoscabar, minha família”, disse.
Taques disse não temer que a prisão dos primos possa macular sua imagem. Disse que seu julgamento ocorrerá no momento certo pelo cidadão. “Isso quem vai avaliar é o cidadão no momento correto. Eu não tenho medo de julgamento. Não tenho medo de investigação. De absolutamente nada disso. Aliás, o processo é um instrumento de dignidade. Serve para condenar, mas também para absolver”, afirmou. “Mas é fato que hoje, no que se denomina pós-verdade, um grupo de WhatsApp que joga uma mentira se propala. Infelizmente, hoje ser político é a profissão mais perigosa que existe no Brasil”, completou.