Botelho depõe no Gaeco e nega ter recebido propina de esquema que envolve Detran e empresa

Redação   O presidente da Assembleia Leguislatuiva de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), prestou depoimento, na prarte da manhã de hoje (14), ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).   O deputado foi ouvido por cerca de 3 horas sobre o esquema de propina no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mas negou ter recebeido qualquer tipo de vantagem ilícita.   Segundo ele, a oitiva serviu para esclarecer pontos como sua entrada no quadro societário da Santos Treinamento, empresa que era ligada à EIG Mercados.    Botelho diz que o investimento que fez na empresa se deu enquanto empresário, que ele é, e não na condição de político.    Denúncia do MPE acusa a Santos Treinamento  de ter sido montada apenas para “lavar” a propina paga aos envolvidos no esquema de desvios de verbas do órgão estadual de trânsito.    “Eu não tinha gerência, eu entrei apenas como investidor”, disse.  O parlamentar  negou que a empresa seja de fachada e que se comprometeu a apresentar documentos para comprovar isso. “A empresa não era de fachada, isso eu garanto”.   No entanto, Botelho admitiu que a vinculação de seu nome ao caso pode atrapalhar sua atuação política, principalmente em ano eleitoral.    “Tudo o que sai atrapalha, é lógico que atrapalha! Isso é inegável, mas as pessoas que sabem da minha índole, quem me acompanhou toda a minha vida trabalhando sabe do meu caráter da minha dignidade, isso não vai mudar, afirmou.   Eduardo Botelho é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como beneficiário de pelo menos R$ 3,4 milhões do esquema de propina no Detran. Ele chegou a ser alvo de pedido de afastamento do cargo na operação Bônus, segunda fase da Operação Bereré. No entanto, o desembargador José Zuquim Nogueira entendeu que o parlamentar não representa ameaça às investigações conduzidas por membros do Gaeco e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e negou o afastamento.