Sem força política para “enquadrar” deputados que apoiam Taques, os “caciques” Neurilan e Fávaro fazem de conta que mandam no PSD

RedaçãoSem controle sobre os quatro deputados estaduais do PSD – Nininho, Pedro Satélite, Gilmar Fabris e Wagner Ramos -, que dão apoio legislativo e político à gestão do governador Pedro Taques (PSDB), o ex-vice-governador Carlos Fávaro, que renunciou ao mandato e passou a fazer oposição ao  chefe do Executivo, juntamente com Neurilan Fraga, presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), não conseguiram fazer com que os parlamentares rompam com Taques .Fávaro e Fraga já declararam apoio à candidatura do senador Wellington Fagundes (PR) ao Governo do Estado e querem levar o partido e os deputados filiados nesse rumo. Mas enfrentam resistências que apontam uma divisão interna na qual a correlação de forças maior, obviamente, é a representada por aqueles que ocupam mandatos. Sem liderança e força política para “enquadrar” os detentores de mandatos  com assento na Assembleia Legislativa,  Fávaro e Neurilan também perdem espaço na composição com Wellington, o que pode prejudicar a pretensão do ex-vice-governador de vir a encabeçar, como candidato a senador, a chapa majoritária a ser formada em torno de Fagundes na disputa contra Pedro Taques.   Quanto a Neurilan Fraga, que havia se lançado pré-candidato a deputado estadual e vem pontuando uma ferrenha postura crítica ao governador tucano, teria já desistido da postulação à uma vaga na AL. Nesse contexto de liderar um partido “esvaziado”, a desistência em disputar o mandato de estadual pode ser vista como consequência desse “racha” no PSD onde dirigentes partidários, a exemplo de Neurilan, que preside a Comissão de Ética do partido,  e Fávaro, que comanda a Executiva regional da sigla, não conseguem impor uma diretriz partidária e eleitoral aos quatro deputados estaduais.Por sua vez, os parlamentares, que são candidatos à reeleição, agem “diplomaticamente”e evitam fazer ataques à opção de Neurilan e Carlos Fávaro por Wellington Fagundes – apenas deixam de seguir a orientação da dupla que, nas atuais circunstâncias, pode se comparar, atuam como uma espécie de “caciques sem índios”.