Gaeco faz operação em Cuiabá e Chapada dos Guimarães para combater fraudes na Cultura
Gaeco faz operação em Cuiabá e Chapada dos Guimarães para combater fraudes na Cultura
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22/05/2018 - 09:34
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RedaçãoDesde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (22), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) realiza operação em Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Por determinação do juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e endereços comerciais nas duas cidades.Uma sala no edifício SB Tower, na avenida do CPA, onde funciona a sede da Associação Casa de Guimarães, é um dos alvos da operação. Por volta das 8h30, como não havia chegado ninguém para abrir a sala, os agentes chamaram um chaveiro que procedeu a abertura do local.
A Casa de Guimarães possui contratos com convênios com o Estado, principalmente na área da Cultura. No ano passado, o Ministério Público Estadual abriu procedimento para investigar o convênio entre a associação e a Secretaria de Cultura no programa "Vem Pra Arena".A associação também firmou contratos com a extinta Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo). Foi a responsável, por exemplo, pela gestão do Fifa Fan Fest. Somente neste contrato, a associação recebeu R$ 13,9 milhões.
Apenas entre 2015 e 2018, segundo dados do Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças de Mato Grosso), os empenhos relacionados à Associação somam R$ 16.687.209,93.
Na última quinta-feira (17), foi publicado um convênio de R$ 946 mil entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a entidade para a realização de diversas atividades no Complexo da Salgadeira.
De acordo com o Ministério Público Estadual, a operação tem por finalidade a obtenção de provas para subsidiar as investigações que já estão ocorrendo contra a associação e também desarticular suposta organização criminosa instalada para desviar recursos públicos em contratos firmados entre a Casa de Guimarães e o Governo do Estado de Mato Grosso, entre os anos de 2011 a 2018.Além do crime de constituição de organização criminosa, também há indicativos da prática de peculato, falsidade ideológica, fraude em licitações e lavagem de capitais.