ENCALACRADO: Mauro Savi sofre duas derrotas seguidas no Judiciário na tentativa para se ver livre da prisão
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24/05/2018 - 23:59
savii6
Redação
Uma liminar em habeas corpus no qual a defesa do deputado estadual Mauro Savi (DEM) pedia a suspensão inquérito da Operação Bereré, foi negado pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, nesta quinta-feira (24).
O pedido de HC foi protocolado pelo advogado Paulo Fabrinny Medeiros. Além da suspensão em caráter liminar do inquérito no mérito o advogado requereu a anulaçao de toda a investigação. O mérito ainda será julgado pelo STJ.Por outo lado, também na tarde desta quinta, a maioria dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) votou por manter a prisão do parlamentar. O julgamento foi adiado em razão do pedido de vistas do desembargador Marcos Machado. Até o momento, dos 30 desembargadores, 16 votaram pela manutenção da prisão e dois pela soltura. O caso deverá retornar para julgamento apenas no dia 14 de junho, caso o deputado não seja solto por meio de outra medida judicial. Mauro Savi está preso desde o dia 9 de maio, após a deflagração da segunda fase da operação, que investiga o pagamento de propina a políticos e servidores no âmbito de um contrato entre o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e a empresa EIG Mercados. A empresa fazia o registro dos contratos de financiamento de veículos no Estado. . Ele foi levado à cadeia durante a 2ª fase da Bereré, que apura esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro na ordem de R$ 30 milhões, que operou de 2009 a 2015. Segundo as investigações, parte dos valores repassados pelas financeiras à EIG Mercados retornava como propina a políticos e empresários, dinheiro esse que era “lavado” pela empresa Santos Treinamento – parceira da EIG no contrato - e por servidores da Assembleia, parentes e amigos dos investigados. Embora venha negando o seu envolvimento, o deputado é apontado como um dos líderes e maiores beneficiários do esquema. No entanto, nos meios políticos e na imprensa se falava, na época, sobre a forte influência da Savi no Detran e no seu apadrinhamento para a indicação de cargos dirigentes daquele órgão. O Ministério Público Estadual (MPE) afirmou que ele recebia propinas milionárias através do empresário Claudemir Pereira, então sócio da Santos Treinamento. Savi ainda teria exigido R$ 1 milhão dos sócios da EIG, em 2014, para aceitar encerrar as negociações ilícitas.