PARA GOVERNADOR NÃO HÁ SALVAÇÃO FORA DA DEMOCRACIA Redação “Eles são malucos. Não há nenhum regime melhor que a democracia. Os males da democracia, nós combatemos com mais democracia. Não aceitamos essa conversa de intervenção militar”, disse o governador no início da noite desta terça-feira.A fala do governador, que rechaça golpe miltar, conforme alguns setores radicais de extrema-direita vêm defendendo, no país e no Estado, ocorreu após ele participar de mais uma reunião do Comitê de Crise, no Palácio Paiaguás.O órgão emergencial foi instituído pelo Executivo para evitar o aprofundamento da crise de desbastecimento de gêneros de primeira necessidade, remédios, combustíveis e vários tipos de insumos e mercadorias que já estão faltando em Mato Grosso. Essa penúria agrava a situação econômica, penalizando a população em geral, em decorrência da greve dos caminhoneiros.   Radicais  Em grupos sem grandes aglomerações de pessoas, a extrema-direita vem pomovendo atos onde pedem o fim da democracia e a volta da ditadura militar. Podem não ser numerosos nos eventos, mas são persistentes no ativismo, em especial nas redes sociais – um terreno fértil para prosperar ideias e conceitos anti-democráticos, além das chamadas fake news, notícias falsas que só desinformam e tumultuam a cabeça de pessoas que acessam esses conteúdos na internet.Em Cuiabá, por exemplo, um desses grupos extremistas, promoveu manifestação em frente ao 44º Batalhão de Infantaria Motorizada, no Bairro Goiabeiras, em Cuiabá, e pediram a volta dos militares ao poder. O ato ocorreu na segunda-feira, 28. Em determinado momento, o grupo chegou a se ajoelhar na frente ao batalhão.No entendimento de Pedro Taques, os militares estão envolvidos no cumprimento de suas obrigações e deveres constitucionais e não estão preocupados em respaldar nenhum tipo de regime de exceção, seja civil ou fardado. “Vivemos em um regime democrático e espero que assim seja. E quero elogiar o comportamento dos comandos militares. Uma declaração do comandante do Exército recentemente, general [Eduardo] Villas Boas, no sentido de que são pessoas [as que pedem intervenção] que não têm conhecimento da Constituição e as Forças Armadas estão fazendo o seu papel: cumprindo a Constituição”, relatou Taques.