Após elevados prejuízos econômicos e crise grave de abastecimento, não existe mais nenhuma rodovia bloqueda em MT

 Após elevados prejuízos econômicos e crise grave de abastecimento, não existe mais nenhuma rodovia bloqueda em MT normal
Redação“Não há interdições nas rodovias federais do Estado desde a primeira hora desta quinta-feira (31)”. A afirmação é de Aristoteles Cadidde, superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso.Após 10 dias de paralisação dos condutores autônomos de cargas e de empresas transportadoras que atuam no setor, a desobstrução das rodovias ocorreu graças a um trabalho integrado envolvendo o aparato de Segurança Pública estadual, tropas do Exército e a Polícia Rodoviária Federal (PRF)O movimento começou no último dia 21 pedindo barateamento nos preços do diesel e o fim das seguidas altas que a Petrobras impunha ao combustível.O encerramento da greve só foi possível, além da ação de agentes da lei e militares, com a decisão do presidente Michel Temer, após sete dias de greve, haver cedido às pressoes dos caminhoneiros e anunciado a redução de R$ 0,46 no preço do diesel durante 60 dias, entre outras medidas que beneficiaram os transportadores de cargas, como não pagar pedagio sobre eixos suspensos de caminhões vazios e a participação para os autônomos de 30% nas cotas de transportes de produtos da Conab.Ainda no sentido de contribuir para debelar o movimento grevista em Mato Grosso, o governador Pedro Taques, assim que a paralisação eclodiu, decretou situação de emergência e determinou a criação de um comitê para gerenciamento da crise, com a participação de representantes de órgãos federais sediados no Estado.O chefe do Executivo mato-grossense também anunciou o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) dos combustíveis, que serve como base de cálculo para efeito de tributação do ICMS. No entanto, em que pese essas providências e do atendimento das reivindicações dos caminhoneiros, a paralisação continuou por mais dois dias, pois os  condutores alegavam não serem representados pelas entidades que negociaram em Brasília e em Mato Grosso o fim da greve. Além disso, setores radicais se infiltaram no movimento e, com motivações políticas (não econômicas) impediam o fim da paralisação.Na prática,  a desmobilização começou a ocorrer a partir de ontem (30) com a entrada em cena de militares do Exército que interferiram para garantir a passagem dos caminhoneiros e o abastecimentos dos principais suprimentos em falta no Estado, como combustível, gás, ração e verduras. A ação foi realizada em conjunto pela PRF, Exército Brasileiro e forças da Polícia Militar.“Realizamos várias escoltas para garantir a segurança e o abastecimento do gás de cozinha, produto muito procurado pela população. Encaminhamos duas cargas completas para Rondonópolis e outras cargas estão adentrando o Estado para suprir Cuiabá e outras regiões. Cargas essenciais foram direcionadas a muitos municípios. Até a cidade de Paranatinga já receberam combustível”, afirmou Cadidé.Todavia, em face de que o desabastecimento foi elevado em Mato Grosso, a normalização dos suprimentos ainda deve demorar pelo menos 15 dias.Diante disso, durante esses dias de reabastecimento de combustível, gás e outros suprimentos que estão em falta na Capital e no interior não haverá restrição de circulação de veículos de carga até a situação se normalizar.“Informamos que neste feriado [de Corpus Christi] não teremos nenhum tipo de restrição aos veículos de carga, com dimensões excedentes. Todos poderão trafegar normalmente durante o feriado desta quinta-feira (31), sábado e domingo”, finalizou Aristóteles.