SAIU NA FRENTE: Pedro Taques foi o primeiro governador a decretar Situação de Emergência diante da greve que provocou a maior crise de desabastecimento da história do Estado

Redação   Não é motivo para se “soltar foguetes” ou comemorar – até porque se trata de uma decisão tomada diante de grave crise -, referimo-nos ao fato de que o governador Pedro Taques foi o primeiro governador, entre os 27 que chefiam os Estados do país e o Distrito Federal, a  decretar Situação de Emergência. Um expediente adotado por ele para tomar medidas diante da greve dos caminhoneiros e o estrangulamento econômico provocado por esse movimento em todos os setores de atividades. E gerou uma das maiores, se não a maior crise de abastecimento na história do Estado nos últimos 40 anos. Não se trata de exaltar o “primeiro lugar” no pódium de quem adotou as providências iniciais necessárias para fazer, dentro dos limites legais, a defesa da sociedade como um todo, e não apenas dar proteção a uma parcela da população, por mais importante e significativa que seja essa porção.   Alguns podem alegar que o governador não fez nada de excepcional. Porém, não ficou de braços cruzados, fazendo de conta que o problema não é do Estado que ele governa, mas sim do Governo Federal e da Petrobras.  Taques não foi leniente, fez o dever de casa e agiu como timoneiro no âmbito de suas atribuições. Há que se reconhecer de que essa ação emergencial serve de conforto por saber que a "nau mato-grossense não está à deriva". Daí, o fato de ter saído na frente, tomado as providências – aliás, constitucionais, mas que demandam coragem para acioná-las -, merece ser mencionado, quando não, para um registro de que se não fosse essa iniciativa de Pedro Taques, com certeza, a greve dos caminhoneiros teria trazido consequências mais graves para Mato Grosso no que tange ao desabastecimento decorrente da paralisação dos condutores de cargas.Quando nada, por oportono, cabe lembrar que por se tratar de uma região que se destaca nacionalmente na agropecuária – uma atividade cuja dependência de transportes rodoviários é crucial -, Mato Grosso foi um dos epicentros no Brasil da deflagração do movimento grevista.E também não é por acaso que foi neste Estado que as forças integradas de segurança pública , reforçadas e em parceria com tropas militares federais, iniciaram fazer as primeiras escoltas no país para garantir, ainda que em pequenas quantidades, o transporte de combustíveis e rações para animais, como aves e suínos que corriam riscos de morrer de fome. No que consiste  O decreto de Situação de Emergência baixado pelo governador prevê ações do governo do Estado para evitar situações que possam comprometer a oferta da prestação de serviços considerados essenciais à população, como nas áreas de saúde e segurança pública, além de garantir a ordem e os direitos fundamentais dos cidadãos.Pelo decreto, foi autorizada ainda a utilização das forças de segurança do Estado, em cooperação com as Forças Armadas e Polícia Rodoviária Federal, para a escolta de veículos transportadores de combustíveis, gás e outros produtos e gêneros de primeira necessidade.A situação de emergência autoriza a adoção de algumas medidas para assegurar a prestação de serviços essenciais, como a alocação de recursos orçamentários para custear ações emergenciais e até a utilização de forças de segurança para garantir a livre circulação dos meios de transporte para a distribuição de alimentos e combustíveis.A falta de combustível, como é notório, tem gerado transtornos nos transportes públicos e particulares, desabastecimento de produtos alimentícios nos supermercados e falta de insumos nos hospitais. No entanto, no decurso dos 10 longos dias da greve e até o momento,  não houve interrupção de serviços essenciais como de policiamento ostensivo e também de atendimento via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).Comitê de CriseO decreto também criou o Comitê de Gestão de Crise no Gabinete de Governo, chefiado pelo governador Pedro Taques. Coube a esse Comitê, que trabalhou em regime intensivo desde sua formação,  “propor e adotar todas as medidas preventivas ou reparadoras, administrativas e judiciais, visando à manutenção dos serviços públicos essenciais à população do Estado de Mato Grosso”.Fica o registro.