STJ não acata HC e Paulo Taques segue preso em Cuiabá

STJ não acata HC e Paulo Taques segue preso em Cuiabá paulo taques
Redação O ex-chefe da Casa Civil d e Mato Grosso, Pauo Taques, teve pedido de liberdade negado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ. Ele se encontra preso desde o dia 9 de maio, no Centro de Custódia de Cuiabá, sob a acusação de participar, juntamente com mais pessoas de supostos desvios de recursos dos cofres públicos.  No total, os valores são em torno de R$ 30 milhões e teriam sido subtraídos através de esquemas que funcionavam no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).  A participação de Paulo no esquema se resumiria aos valores de R$ 2,6 milhões. A propina seria da empresa EIG Mercados. O intermediador do pagamento, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) foi o executivo José Kobori, ex-CEO da EIG Mercados, também preso na operação.Paulo Taques foi detido no decurso das Operações Bereré e Bônus, que investigaram denúncias de corrupção no Detran-MT.Antes da decisão contrária no STJ, o ex-secretário tentou liberdade no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), mas também recebeu negativa do desembargador Jose Zuquim.O HC de Paulo Taques foi impetrado pelos advogados Claudio Demczuk de Alencar, Pedro Correa Pertence e Marina Antunes Lima.Conforme o Ministério Público Estadual (MPE),  também são denunciados nas Operações Bônus- Bereré o presidente da Assembleia Legislativa,, José Eduardo Botelho (DEM) e os deputados Mauro Luiz Savi (DEM), José Domingos Fraga Filho (PSD), Wilson Pereira dos Santos (PSDB), José Joaquim de Souza Filho (PSDB), Ondanir Bortolini (PSD) e Romoaldo Aloisio Boraczynski Júnior (MDB).Também figuram como réus o ex-governador Silval da Cunha Barbosa, o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes e o ex-chefe de gabinete do ex-goveranador, Sílvio Cézar Corrêa AraújoO esquema teve início na gestão passada com a contratação de uma empresa, a EIG, responsável pela execução das atividades de registros junto ao Detran dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor.Em troca de apoio político e administrativo para garantir a prestação de serviços suspeitos de superfaturamento, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais. Estima-se que foram pagos cerca de R$ 30 milhões em propinas.Os nomes foram denunciados por constituição de organização criminosa, crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 a 2016.