SAI-NÃO SAI: Demora de Mauro Mendes em definir candidatura a governador pode estar “engessando” o Dem
SAI-NÃO SAI: Demora de Mauro Mendes em definir candidatura a governador pode estar “engessando” o Dem
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08/06/2018 - 09:49
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Análise políticaDa RedaçãoA demora do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes em decidir se será, ou não, candidato a governador nas eleições deste ano pode estar “engessando”o Dem quanto a definições sobre alianças com outras legendas e demais projetos eleitorais, como a formação de chapas proporcionais (deputados estaduais e deferais) e composições para o Senado, com duas vagas abertas neste ano. São decisões que estão atreladas à disputa majoritária para o Governo do Estado. Esse cenário de impasse gerado pela falta de um posicionamento mais objetivo de Mauro sobre a disputa ao governo já estaria causando preocupações em lideranças da cúpula do partido e da própria base. O senador Jayme Campos, o principal líder do Dem em Mato Grosso, por exemplo, não deixa de ficar “amarrado” a essa condição de dependência do rumo que o ex-prefeito vai tomar quanto ao pleito. Se sai ou não candidato.Jayme, segundo fontes da sigla, teria preferência pela disputa ao Senado, mas essa decisão acaba também condicionada à definição eleitoral de Mauro Mendes.A preocupação se baseia no fato que política tem o seu tempo e o de Mauro pode estar se esgotando e, pela demora em se decidir, o ex-prefeito corre o risco de perder o protagonismo e a influência que vem tendo e, com isso, deixar o Dem à deriva. Isto porque, se for ter candidato próprio a governador, o partido precisa agilizar a estrutura para concorrer, como a questão de marketing. Além da estratégia e as articulações a serem adotadas com vistas à coligação. Já se for abdicar de ter a cabeça de chapa, a linha a ser utilizada será outra, mas, de qualquer forma, a chamada “engenharia política” demanda tempo para ser construída e executada, em contraste com as eleições que já estão bem próximas. Enquanto isso, nessa espécie de “vácuo”, outras forças políticas já estão se arregimentando, ganham corpo e espaços com projetos para o governo, caso do PSDB que já está praticamente definido pela candidatura à reeleição do governador Pedro Taques, e do PR que tem no senador Wellington Fagundes o seu nome para encabeçar essa mesma disputa.Já em outro polo, o PDT não descarta ter o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta como candidato a governador, mas não se recusaria coligar para apoiar outros nomes desde que seja em oposição a Pedro Taques e que pode ser o de Mauro Mendes, desde que este se defina.Quanto à candidatura do “bolsonarista” Dilceu Rossato para governador, permanece uma incógnita e, pelo que se depreende de avaliações, não teria encontrado espaço para decolar em Mato Grosso, em que pese grandes contingentes eleitorais no Estado terem um perfil conservador. Em suma, Rossato não teria conseguido colar o seu nome ao do presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL. Um nome que corre “solto” no Estado, independente de palanque partidário.