Entre as três maiores cidades de MT, Várzea Grande é a que tem índice mais alto de violência
|
16/06/2018 - 13:00
RedaçãoNa lista do “Atlas da Violência 2018 – Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros”, lançada ontem (15), constam três cidades de Mato Grosso – Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis – entre as 123 mais violentas do país. Por coincidência, os três municípios de MT que aparecem no “mapa da violência” são também os mais populosos do Estado.Já o total das comunidades elencadas nacionalmente responde por 50% das mortes mais violentas do Brasil. O apontamento é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).A avaliação tem como base cidades com mais de 100 mil habitantes. As taxas de mortes violentas se referem ao ano de 2016, último dado oficial do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). Tendo como referência essas informações, além de dados fornecidos por organismos policiais de todo o país é realizada a classificação do ranking. Nessa escala nacional, a taxa de mortes violentas ocorridas na Capital mato-grossense é de 40,8 por 100 mil pessoas. Já em Várzea Grande, essa incidência é de 52 homicídios a cada 100 mil indivíduos e, em Rondonópolis, 50,7/100 mil.Conforme o levantamento, a cidade mais violenta do país é Queimados, no Rio de Janeiro, com índice de 134,9 homicídios para cada 100 mil pessoas. A média nacional chegou a 38,6 a cada grupo de 100 mil habitantes em 2016, o que equivale a 375,8 mil assassinatos.Esses 123 municípios são equivalentes a 2,2% do total de municípios brasileiros. Já os três municípios mais pacíficos, são Brusque (SC), Atibaia (SP) e Jaraguá do Sul (SC). O apontamento considera mortes violentas a soma de agressões, intervenções legais e mortes violentas com causa indeterminada, tomando como referência o município de residência da vítima.O estudo concluiu ainda, que há uma correlação entre as condições educacionais, de oportunidades laborais e de vulnerabilidade econômica e a prevalência de mortes violentas. A pesquisa analisou indicadores de educação infanto-juvenil, pobreza, gravidez na adolescência, habitação, mercado de trabalho e vulnerabilidade juvenil.