Caso se confirme a chapa Mauro Mendes – Pivetta, a disputa pode ficar mais difícil para Pedro Taques

Caso se confirme a chapa Mauro Mendes – Pivetta, a disputa pode ficar mais difícil para Pedro Taques EX-ALIADOS
Redação   A informação é do deputado Zeca Viana, principal líder do PDT mato-grossense e presidente de sua executiva estadual, segundo o qual está ”batido o martelo” no sentido do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT) vir a ser candidato a vice numa chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (Dem).   Caso se confirme esse "casamento" – e não há razão para se duvidar de Zeca Viana -, a disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, nas eleições que se aproximam, promete fortes emoções.    Principalmente, se for confirmado que o jornalista e marqueteiro Antero Paes de Barros, profissional reconhecido pela sua competência em conduzir, principalmente, a propaganda e toda sua estratégia em pleitos acirrados, como prenuncia este que se aproxima, já teria “acertado” para fazer a campanha da chapa Dem-PDT. Antero é temido nos meios políticos por não poupar artilharia pesada  contra adversários de seus clientes.   Quanto ao fato de Pivetta ser candidato a vice de Mauro, não há nenhuma surpresa nisso. O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, que tinha o seu nome cogitado para ser candidato a governador,  já vinha falando há tempos que abriria mão dessa postulação para apoiar Mauro Mendes, independente de participar ou não da chapa majoritária. Melhor agora, quando ele é ventilado como candidato a vice. Deve ter juntado a “fome com a vontade de comer”, como se diz.    Já o governador Pedro Taques (PSDB), que ainda não oficializou que será candidato a reeleição, mas deverá sê-lo, haja vista as articulações que vem fazendo para ter uma coligação com pelo menos 10 legendas em torno do seu nome, enfrenta dificuldades para comunicar suas realizações à frente da gestão estadual, o que poderia ser um ponto forte de sua reeleição, “capitalizar” os feitos políticos e administrativos, ele não vem conseguindo.   A aposta de membros de seu staff é que ele consiga fazer isso no horário eleitoral gratuíto, mas este pode ser insuficiente para evidenciar todas as ações.    Essa falha na comunicação, além da redoma que pessoas que o assessoram há tempos nessa área impuseram sobre o chefe para evitar a aproximação que eles imaginam serem de “concorrentes”,  e também em parte, na articulação política (neste caso, nos dois primeiros anos  de sua gestão), são o que se pode chamar de “calcanhar de Aquiles” – o ponto frágil do governador e de sua administração.   Seu aspecto forte – que, aliás, ele não conseguiu ressaltar numa escala maior – foi ter estancado a sangria desatada de corrupção que permeava o aparelho de Estado, de ter reconstruído obras que estavam inacabadas, além de ter iniciado e concluído várias outras, em especial no setor rodoviário.    E também foi o governador, nas últimas décadas, que mais investiu em Segurança Pública – o que foi essencial para que o caos não dominasse um Estado que tem mais de 700 Km de fronteira com a Bolívia. Uma região, como se sabe, vulnerável ao tráfico de drogas, armas, roubos de carros e cargas e toda a imensa esteira de crimes e violência ensejadas por esse tipo de bandidagem.   Se Mato Grosso não pode ser considerado um paraíso (e de fato não é) em meio ao turbilhão de criminalidade que assola o país, a situação por aqui estaria bem pior se não fosse essa prioridade dada pelo governo estadual à segurança pública.   É uma das marcas de Pedro Taques!