A conscientização sobre o hipoparatireoidismo entre a classe médica é fundamental para garantir o diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção de complicações. Para Sergio Setsuo Maeda, endocrinologista presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), o compartilhamento das informações sobre a doença permite mais possibilidades de tratamento precoce, o que influencia diretamente na qualidade de vida do paciente. Fatos sobre o hipoparatireoidismo: • Incidência: O hipoparatireoidismo afeta de 20 a 30 pessoas a cada 100 mil. • Prevalência em Mulheres: Mais comum em mulheres devido à maior incidência de doenças e cirurgias tireoidianas. • Sintomas: Os sintomas, relacionados à hipocalcemia, incluem formigamentos, câimbras e contrações musculares. • Causas Raras: Além de lesões cirúrgicas nas glândulas paratireoides, o hipoparatireoidismo pode ocorrer por doença autoimune ou má-formação de origem genética. • Impacto no Organismo: A redução na produção do paratormônio leva à queda das concentrações de cálcio no organismo e isto afeta músculos, coração e sistema nervoso. “Por isso é preciso muito critério para a cirurgia de tireoide, glândula que fica perto das paratireoides e que podem ser lesionadas durante o ato cirúrgico”, alerta Maeda. • Tratamento Padrão: O tratamento envolve sais de cálcio e vitamina D, com opções adicionais em casos mais graves. • Acompanhamento Especializado: Monitoramento contínuo é crucial para gerenciar o tratamento e complicações crônicas. • Complicações Crônicas: Manifestações renais, oculares, cardiovasculares, ósseas e neuropsiquiátricas estão associadas à progressão da doença. “O Consenso Brasileiro para o Diagnóstico e Tratamento do Hipoparatireoidismo, desenvolvido por endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço em 2018, oferece diretrizes abrangentes para educar e instruir profissionais de saúde. Faço o convite para que os colegas médicos busquem informações neste documento”, finaliza Maeda.Sobre a ABRASSO A ABRASSO, Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, representa a união das três principais sociedades médicas dedicadas ao estudo da osteoporose e do osteometabolismo no Brasil: SBDENS (Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica), SOBEMOM (Sociedade Brasileira para Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral) e a SOBRAO (Sociedade Brasileira de Osteoporose). Criada em 2011, conta hoje com cerca de 1.500 associados de diversas especialidades médicas, além de outros profissionais da área da Saúde que, juntos, têm a missão de difundir o conhecimento científico, estimular o ensino, a pesquisa e realizar ações preventivas da saúde junto ao público em geral.