ARCA DE NOÉ “NAVEGA”: Decisões de Selma contra Riva continuam valendo, decide juiz

ARCA DE NOÉ “NAVEGA”: Decisões de Selma contra Riva continuam valendo, decide juiz Riva e Bosaipo
Redação   Ações criminais instruídas inicialmente no bojo da Operação Arca de Noé pela juíza aposentada  Selma Rosane Arruda (PSL), continuam tendo validade. A decisão é do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que negou no dia 29 de junho pedido do ex-deputado estadual José Geraldo Riva que buscava anular os processos alegando suposta imparcialidade da magistrada que deixou a toga para ingressar na militância política e partidária.A  juíza se aposentou em fins de março, em seguida se filiou ao PSL (partido do presidenciável Jair Bolsonaro) e é pre-candidata ao Senado pela Legenda.Na petição, Riva solicitava o mesmo benefício de uma decisão favorável ao ex-conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Humberto Bosaipo, que conseguiu travar temporariamente as ações que eram julgadas por Selma.Riva e Bosaipo são réus em diversos casos investigados pela Operação Arca de Noé, e que envolvem desvios e lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).   Os fatos narrados nos autos ocorreram há mais de 30 anos, época em que José Riva e Bosaipo comandavam a Assembleia Legislativa, se revezando nos cargos de presidete e primeiro-secretário da Mesa.A suspensão dos processos que beneficiou o ex-deputado estadual e ex-conselheiro Bosaipo derivou de depoimentos de Midiã Maira de Carvalho de Sá, ex-assessora da juíza aposentada.A assessora de Selma acusou a juíza de ser parcial no tocante à decisões contra o ex-conselheiro.Conforme Midiã, Selma ordenava que todos os requerimentos da defesa de Bosaipo fossem negados sumariamente, antes mesmo de qualquer exame dos fatos.Já a mesma atitude a magistrada e hoje pré-candidata não tinha quando se referiam a julgamentos de pedidos do Ministério Público Estadadual (MPE).O pedido de Riva ora negado por Jorge Tadeu foi examinado anteriormente pelo desembargador Marcos Machado,  do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que também julgou extinta a exceção de suspeição contra Selma Rosane em função de que ela havia sido aposentada pelo Tribunal de Justiça no dia 27 de março de 2018. “Em virtude da aposentadoria voluntária, a magistrada não mais oficia nos autos, motivo pelo qual o Desembargador Marcos Machado, em decisão monocrática proferida em 04/04/2018, julgou extinta a exceção de suspeição, sem julgamento do mérito”, afirma o juiz em trecho de sua decisão.