REDAÇÃOUsando como “desculpa”a intervenção feita no órgão por determinação do governador Pedro Taques, em decorrência da Operação Bereré, o presidente do Detran, Thiago Silva, entregou o cargo ao chefe do Executivo em “caráter irrevogável”, no começo da tarde de hoje (4).Mas, de acordo com informações filtradas dos bastidores políticos, a decisão de Silva de deixar a presidência do órgão – um posto com status e visibilidade política e social – teria sido motivada pelo fato que  pretende apoiar a candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (Dem) ao Governo do Estado – a quem ele foi sempre ligado, mesmo ocupando uma função destacada no staff de Taques.Além de vínculos políticos,Thiago Silva é amigo pessoal e compadre (batizou o filho de Mauro) e participa do círculo familiar do ex-prefeito. Diante disso, seu desligamento do cargo no Detran não causou tanta surpresa nos meios políticos, pois já era esperado, caso a candidatura de Mendes se consolidasse, a exemplo do que está ocorrendo quando fica mais claro que ele vai disputar o pleito contra o governador, que vai à reeleição, e possivelmente contra Wellington Fagundes (PR), que até o momento afirma também ser pré-candidato a governador.Thiago Silva foi secretário-adjunto e posteriormente titular, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) de 2013 a 2016, durante toda a gestão de Mauro frente ao Palácio Alencastro.França foi o terceiro presidente do Detran da gestão de Pedro Taques. Antes dele, passaram pelo cargo o delegado Arnon Osny Mendes Lucas, que comandou o órgão após a saída do também delegado Rogers Jarbas, que deixou o Detran para assumir a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).Levantamento feito pelo site Folhamax revela outros nomes que foram secretários nas gestões tanto de Mauro Mendes, na Prefeitura de Cuiabá, quanto na de Pedro Taques, no Governo do Estado. No primeiro escalão, foram seis. São eles: Suelme Evangelista (Agricultura Familiar), Kléber Lima (Comunicação/Cultura), Marioneide Kliemaschewsk (Educação), Guilherme Muller (Planejamento), Rogério Gallo (PGE/Fazenda).Além dos cargos de primeiro escalão, diversos nomes também atuaram nas duas gestões, no segundo e terceiro escalões.