Após TJ negar suspeição de juízes militares, ação da “Grampolândia Pantaneira” recomeça
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05/07/2018 - 19:25
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RedaçãoEsta marcada para 27 de junho a audiência de retomada do processo penal que apura a participação de cinco militares no escândalo das interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso. Os réus serão interrogados pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Especializada de Justiça Militar de Cuiabá.A tramitação do processo, com nova data para reiniciar, ocorre após negativa de um procedimento de suspeição formulado pela defesa do cabo Gerson Corrêa contra os juízes militares e coronéis Valdemir Benedito Barbosa e Luiz Cláudio Monteiro da Silva.Segundo a defesa de Gerson Corrêa, os dois coronéis que fazem parte do conselho de sentença , teriam cometido “excesso de linguagem e antecipação de juízo de mérito” ao se manifestarem sobre o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pelo cabo. Porém, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) não acatou os argumentos, mantendo os dois juízes militares no exame e julgamento do caso dos “grampos”..Entenda o casoSão réus nesse processo os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.Os gramposA denúncia sobre os grampos veio à tona e ganhou domensão nacional com eportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo que revelou na noite de 14 de maio de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.