Por Mário Marques de Almeida   Se para o bom entendedor “um pingo é letra”, pelos primeiros sinais de troca de acusaçoes que já se verifica, mesmo antes do início da campanha eleitoral propriamente dita, entre o ex-prefeito Mauro Mendes (Dem) e o governador Pedro Taques (PSDB), ambos candidatos a governador, o cenário que se anuncia neste pleito é de muita “pancadaria”. Nesse aspecto – e não só nas pesquisas de intenção de votos -, a polarização entre os dois já está estabelecida e nenhum  dos protagonistas, pelo jeito, está disposto a “levar desaforo para casa”.Por uma questão de retrospecto, quem primeiro abriu as baterias foi Mauro Mendes, quando preparava o “terreno” para justificar sua candidatura e ter que abandonar Taques – um seu então aliado de primeira hora e vice-versa.Era preciso abrir o caminho para justificar o rompímento com o governador e Mauro tomou essa iniciativa, passando a fazer, através de várias entrevistas, declarações e insinuações maldosas à mídia e também em encontros partidários, comentários negativos à gestão do seu ex-aliado, o qual ele nos tempos de aliança tanto elogiava.  Mauro Mendes, nessa estratégia de “desconstrução de imagem” do ex-correligionário, a acusação mais “branda”, digamos assim, que ele fez foi a de chamar Pedro Taques de “incompetente”. Daí pra cima falou “cobras e lagartos” que não vale a pena repetir, até porque seria, de nossa parte, enfatizar “baixarias” em detrimento de propostas exequíveis para melhorar a vida dos mato-grossenses.De lá para cá, Taques, que dizem ter o “estopim curto” mas vinha aguentando calado os ataques,  passou também a “bater” ou “rebater” Mauro Mandes e outros ex-aliados que romperam com ele, além de adversários antigos que vinham, numa espécie de orquestração, “dinamitando” o governador.Nessa escalada de “bate-rebate”, a mais recente “estocada”, divulgada nesta quinta-feira (12), partiu de Taques e foi daquelas, conforme dizem, que acertou o “figado” de Mauro Mendes, ou seja, um de seus pontos vulneráveis e que seria a barafunda de sua vida empresarial.O governador, usando de ironia e pouca sutileza, foi direto ao ponto: mencionou em fala aos repórteres de plantão que o cercam em suas andanças, um suposto aliciamento, por parte de Mauro, de juízes do Trabalho que foram punidos com afastamento de seus cargos por terem, supostamente, favorecido empresas de Mendes em litígios trabalhistas.O governador aludiu à supostas fraudes em leilões judiciais na Justiça do Trabalho de Mato Grosso (TRT) e que levaram à aposentadoria compulsória de dois juízes do trabalho, Luiz Aparecido Ferreira Torres e Carla Reita Faria Leal.A título de informação, vale lembrar que o ex-prefeito foi ouvido, ontem, na Justiça Federal para falar sobre um desses processos. “O ex-prefeito de Cuiabá já conseguiu que dois juízes do Trabalho se aposentassem por fraude à Justiça. Isso mostra a forma de agir das pessoas”, desferiu Pedro Taques.Resta ver o que vem de volta!