FECHOU O CERCO: Pedro Taques, Mauro Mendes e Wellington Fagundes brigam em MT, mas deverão estar juntos no palanque de Geraldo Alckmin

Por Mário Marques de AlmeidaCom o veto do PR (Partido da República) em apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro a presidente da República (PSL), o mesmo ocorrendo com o Dem (Democratas) que faz parte do chamado Centrão, e devem marchar com a candidatura de Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB poderá – no que será um fato inédito na história recente de campanhas eleitorais em Mato Grosso - receber o apoio de candidatos a governador que vão se enfrentar entre eles numa disputa que se afigura como renhida, conforme é o caso de Pedro Taques, Mauro Mendes e Wellington Fagundes, do PSDB, DEM e PR, respectivamente.Como se sabe, são pré-candidatos ao Governo do Estado e filiados a partidos adversários no âmbito regional, mas deverão ser aliados nas eleições presidenciais. Trata-se, pois, de uma  realidade nova na política estadual, cujos protagonistas desses três partidos vão ter que se adequar.Essa nova e nem tão inesperada mexida nas pedras da sucessão presidencial, envolvendo em um arco de alianças nacional e de cúpula as três principais forças políticas e eleitorais de Mato Grosso, divergentes entre elas e que vão convergir no apoiamento a Alckmin, vai fazer com que o ex-governador de Sâo Paulo potencialize seus votos em Mato Grosso numa escala bem maior do que a votação que teria.Além do inedistimo do fato, Alckmin que passa a ser candidato de três grupos antagônicos no Estado e, mantido o atual cenário eleitoral mato-grossense, irão se defrontar nas urnas, o presidenciável do PSDB deverá ter uma postura de neutralidade no que se refere aos três postulantes ao Palácio Paiaguás.  Assim manda as regras de acordos políticos e partidários dessa magnitude.Para conciliar adversários locais em parceiros nacionais, em respeito ao bom encaminhamento da candidatura “supermajoritária” a presidente, no sentido de ajudá-la e não atrapalhar pelo ajuntamento e união de postulantes que se trombam, uma tratativa mínima que seja de boa conduta entre o PSDB, Dem, PR e respectivos aliados deverá ser costurada em Mato Grosso.  Obviamente, Taques, Mendes e Fagundes deverão estar pedindo votos e apoiando Alckmin em palanques próprios e separados.No entanto, nessa equação de “neutralidade”de Alkcmin com relação a preferência por um dos três nomes, já tem gente achando que por estar filiado no mesmo partido do presidenciável, o PSDB, Pedro Taques sai favorecido em seu discurso. Não é ele que foi, os outros que vieram.