Empossados destacam fatos e pessoas que marcaram trajetória no MPMT

Empossados destacam fatos e pessoas que marcaram trajetória no MPMT Reprodução
Pouco mais de 30 anos após terem sentido a emoção de ingressarem no Ministério Público do Estado de Mato Grosso, cinco promotores de Justiça reviveram sentimentos semelhantes na sexta-feira (02) ao tomarem posse no cargo de procuradora e procurador de Justiça. Extasiados com a conquista, a promotora de Justiça Josane Fátima de Carvalho Guariente e os promotores de Justiça Wagner Cezar Fachone, Theodósio Ferreira de Freitas, Adriano Augusto Streicher de Souza e Antonio Sergio Cordeiro Piedade relembraram fatos e homenagearam pessoas que marcaram a trajetória deles na instituição.   “Impossível chegar até aqui e não realizar uma retrospectiva, afinal de contas passaram-se 30 anos e alguns meses. É como se um filme se apresentasse, mostrando o caminho percorrido”, afirmou Josane Guariente. Com vasta experiência na execução penal, ela revelou que os primeiros tempos de atuação na área foram de adaptação e também de muita apreensão.   Relembrou das tardes longas de audiências que normalmente eram concluídas já no período noturno, das pilhas de processos sobre as mesas, da resiliência das mães, esposas, irmãs e namoradas dos reeducandos que ficavam horas aguardando seus entes queridos que eram contemplados com a progressão de regime para acolhê-los. “Aprendi que as mulheres, via de regra, não abandonam seus familiares presos; entretanto, quando presas, são abandonadas, na maioria das vezes. Isso é fato. Talvez as mulheres, sobretudo as mães, consigam expressar o amor de modo mais abrangente”, observou.   Em seu discurso, Wagner Cezar Fachone destacou que as mais de três décadas de dedicação ao Ministério Público resultaram “em uma rica coleção de histórias, experiências e aprendizados, proporcionando uma visão sistêmica e uma compreensão ampla e integrada das diversas questões sociais que diariamente chegam à instituição em busca de soluções e providências”.   Apresentou ainda parte da história e evolução do MPMT. Destacou que no início da sua carreira, a instituição não possuía assessoria e nem computadores e que as promotorias funcionavam em pequenas salas nas dependências dos fóruns cedidas pelo Poder Judiciário. “Hoje, o Ministério Público de Mato Grosso dispõe de modernas instalações, assessoria qualificada e alta tecnologia, ampliando ainda mais sua capacidade de atender à sociedade. Vivenciei essa transformação sob a batuta de nove procuradores-gerais de Justiça que se sucederam. Todos eles, dentro das condições disponíveis, contribuíram de forma valiosa para o crescimento da instituição”, reconheceu.   Adriano Augusto Streicher de Souza, por sua vez, aproveitou o momento para agradecer as pessoas que estiveram ao seu lado durante a sua carreira como promotor de Justiça. “Minha fala é somente de agradecimentos. Agradeço a Deus por este momento único”, afirmou.   Além dos pais, esposa, filhos e demais familiares, ele fez referência ao procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, e aos ex-procuradores-gerais Paulo Prado, Marcelo Ferra de Carvalho e Mauro Curvo; à juíza Suzana Guimarães; ao delegado Osvaldo Florentino Ferreira (in memorian); aos advogados criminalistas Zoroastro Teixeira (já falecido) e Ricardo Monteiro; Augusto Celso Nogueira Reis (procurador da Defensoria); os assessores Osmar Farias, Triana Araújo e François Souza; os servidores do MP Jaime Simões e Ana Paula; os membros aposentados Antonio Hans, Sílvia Guimarães, Ulisses Ribeiro, Mauro Delfino César e os já falecidos Luiz Vidal da Fonseca, Atílio Ourives, Waldemar Rodrigues dos Santos e Julieta do Nascimento. Agradeceu ainda aos promotores José Mariano, Antonio Sergio e Caio Loureiro.   Em seu discurso, Antonio Sergio Cordeiro Piedade enfatizou que acompanhou o crescimento exponencial da instituição ao longo de quase 27 anos de carreira e que, ao chegar ao mais elevado cargo da carreira, a sensação é de renovação das energias. “Tenho a convicção de que nossa missão é árdua, deve ser exercida com denodo, assertividade, porém sem holofotes, com discrição, técnica, sabedoria, temperança e resolutividade”, afirmou.   Ressaltou também a importância da interlocução da atuação funcional com a academia, do aprimoramento constante e do olhar humanizado. “Aprendi enquanto membro do Ministério Público e também enquanto professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso que a ciência tem por desiderato, por finalidade transformar a vida das pessoas. Precisamos fomentar uma atuação que respeite a independência funcional, viga mestra de nossa atuação, mas precisamos manter um diálogo permanente dessa condição com a unidade institucional, que nos conduz a uma atuação verticalizada, coesa e com coerência”.