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Política de MT é “sacudida” por acordos de cúpula que obrigam adversários subirem no mesmo palanque
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20/07/2018 - 19:00
urna47
Mário Marques de AlmeidaA Redação do Página Única faz um levantamento das alterações que vão ocorrer no cenário político mato-grossense em função de acordos nacionais, obrigando a que adversários ferrenhos no Estado subam no mesmo palanque presidencial.Uma dessas mexidas e que interfere aqui, na política regional, envolve o bloco de partidos denominado Centrão, formado pelo DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade que estavam divididos entre apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) ou Ciro Gomes (PDT) para presidente da República, e ontem (19) decidiram fechar apoio ao presidenciável do PSDB.A interferência mais visível dessa composição é que três candidatos a governador em Mato Grosso, de partidos que são adversários na disputa local, caso de Pedro Taques (PSDB), Mauro Mendes (Dem) e Wellington Fagundes (PR), passarão a compartilhar o apoiamento a um mesmo presidenciável. No tocante a marcharem juntos na disputa presidencial, não existe nenhuma surpresa, tendo em vista que Taques, como se sabe, pertence ao PSDB, o mesmo partido de Alckmin. E quanto aos outros dois candidatos a governador, o encaminhamento dado pelos partidos aos quais são filiados, no que tange ao pleito para presidente, também é visto como natural.O surpreendente, o inusitaddo mesmo, principalmente pelo acirramento de ânimos que deverá marcar o pleito em Mato Grosso, deve-se ao fato que estarão “abraçados” a uma candidatura maior. Coisas da política!Por enquanto, não dá para saber se a aliança nacional em torno de Alckmin vai interferir eleitoralmente no Estado, beneficiando esse ou aquele candidato a governador em detrimento desse ou daquele. Mas, em princípio, o tucano Pedro Taques amplia seus espaços políticos, por exemplo, para tentar trazer para sua coligação o deputado federal Adilton Sachetti, para ser candidato a senador na coligação que está sendo formada para apoiar a reeleição do governador.Isto porque, Sachetti se filiou recentemente ao PRB e, por sua vez, esse partido é um dos integrantes do Centrão que aderiu a Geraldo Alckmin.Pode se argumentar que essa convergência entre candidaturas a presidente e governador, da mesma forma, poderia facilitar a ida do deputado federal para a coligação que tem Mauro Mendes como candidato ao governo estadual, pelo Dem. Afinal, Dem e PSDB sempre andaram juntos no cenário nacional e não seria diferente, logo aqui em Mato Grosso no que se refere ao apoio a um presidenciável tucano. Ao contrário, visto até como natural pelos seguidores de Jayme Campos-Júlio e, agora, de Mendes.Ocorre que a própria preferência de Sachetti para se coligar seria com o Dem dos Campos, mas não existe vaga para a senatória no grupo, tendo em vista que os dois candidatos ao Senado que concorrerão na chapa encabeçada por Mauro Mendes, já estão definidos: Jayme Campos e Carlos Fávaro.
Diante desse obstáculo, a alternativa que resta a Adiltion Sachetti, caso mantenha seu propósito de disputar para senador, é o de compor com Pedro Taques. Nesse sentido, essa aliança é facilitada pela composição nacional.Zé do Pátio e SDAinda no âmbito estadual, o acordo fechado com o Centrão e o PSDB consolida e facilita ainda mais em Mato Grosso, a articulação que o prefeito Zé do Pátio (SD), de Rondonópilis, conduz para levar o Solidariedade a apoiar o projeto de reeleição de Pedro Taques.Para Pátio e o Solidariedade, essa verticalização entre eleição para presidente e governador unifica o discurso.