Política de MT é “sacudida” por acordos de cúpula que obrigam adversários subirem no mesmo palanque

Política de MT é “sacudida” por acordos de cúpula que obrigam adversários subirem no mesmo palanque urna47
Mário Marques de AlmeidaA Redação do Página Única faz um levantamento das alterações que vão ocorrer no cenário  político  mato-grossense em função de acordos  nacionais, obrigando a que adversários ferrenhos no Estado subam no mesmo palanque presidencial.Uma dessas mexidas e que interfere aqui, na política regional, envolve o bloco de partidos denominado Centrão, formado pelo DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade que estavam divididos entre apoiar Geraldo Alckmin  (PSDB) ou Ciro Gomes  (PDT)  para presidente da República, e ontem (19) decidiram fechar apoio ao presidenciável do PSDB.A interferência mais visível dessa composição é que três candidatos a governador em Mato Grosso, de partidos que são adversários na disputa local, caso de Pedro Taques (PSDB), Mauro Mendes (Dem) e Wellington Fagundes  (PR), passarão a compartilhar o apoiamento a um mesmo presidenciável. No tocante a marcharem juntos na disputa presidencial, não existe nenhuma surpresa, tendo em vista que Taques, como se sabe, pertence ao PSDB, o mesmo partido de Alckmin. E quanto aos outros dois candidatos a governador, o encaminhamento dado pelos partidos aos quais são filiados, no que tange ao pleito para presidente, também é visto como natural.O surpreendente, o inusitaddo mesmo, principalmente pelo acirramento de ânimos que deverá marcar o pleito em Mato Grosso, deve-se ao fato que estarão “abraçados” a uma candidatura maior. Coisas da política!Por enquanto, não dá para saber se a aliança nacional em torno de Alckmin vai interferir eleitoralmente no Estado, beneficiando esse ou aquele candidato a governador em detrimento desse ou daquele.    Mas, em princípio, o tucano Pedro Taques amplia seus espaços políticos, por exemplo, para tentar trazer para sua coligação o deputado federal Adilton Sachetti, para ser candidato a senador na coligação que está sendo formada para apoiar a reeleição do governador.Isto porque, Sachetti se filiou recentemente ao PRB e, por sua vez, esse partido é um dos integrantes do Centrão que aderiu a Geraldo Alckmin.Pode se argumentar que essa  convergência entre candidaturas a presidente e governador, da mesma forma, poderia facilitar a ida do deputado federal para a coligação que tem Mauro Mendes como candidato ao governo estadual, pelo Dem. Afinal, Dem e PSDB sempre andaram juntos no cenário nacional e não seria diferente, logo aqui em Mato Grosso no que se refere ao apoio a um presidenciável tucano. Ao contrário, visto até como natural pelos seguidores de Jayme Campos-Júlio e, agora, de Mendes.Ocorre  que a própria preferência de Sachetti para se coligar seria com o Dem dos Campos, mas não existe vaga para a senatória no grupo, tendo em vista que os  dois candidatos ao Senado que concorrerão na chapa encabeçada por Mauro Mendes, já estão definidos: Jayme Campos e Carlos Fávaro.   Diante desse obstáculo, a alternativa que resta a Adiltion Sachetti, caso mantenha seu propósito de disputar para senador, é o de compor com Pedro Taques. Nesse sentido, essa aliança é facilitada pela composição nacional.Zé do Pátio e SDAinda no âmbito estadual, o acordo fechado com o Centrão e o PSDB consolida e facilita ainda mais em Mato Grosso, a articulação que o prefeito Zé do Pátio (SD), de Rondonópilis, conduz para levar o Solidariedade a apoiar o projeto de reeleição de Pedro Taques.Para Pátio e o Solidariedade, essa verticalização  entre eleição para presidente e governador unifica o discurso.