RedaçãoAcusado de liderar um esquema de propina no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o deputado estadual Mauro Savi, que se encontra encarcerado no Centro de Custódia de Cuiabá desde maio, teve o seu pedido de liberdade negado pelo  desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).  A negativa do desembargador ao habeas  corpus, impetrado pelo advogado Paulo Fabrinny, foi proferida quarta-feira  (18). Mauro Savi (DEM)é réu na ação penal derivada da Operação Bereré. Paulo Fabrinny, contratado para defender Savi, argumenta que não mais persistem os requisitos que motivaram o decreto de prisão, em maio deste ano. De acordo com o advogado, o Ministério Público Estadual (MPE) ao já ter oferecido denúncia demonstra que foram produzidas todas as provas necessárias para a ação.Fabrinny menciona que as testemunhas arroladas não citam qualquer tentativa de Mauro Savi em persuadi-las, ou seja, ele não estaria exercendo influência na produção de provas.Além disso, de acordo com o advogado,  também não surgiram novas imputações contra o deputado, além de que Savi não estaria utilizando o cargo público em favor de sua defesa no processo.Na petição, a defesa argumenta que o grande número de denunciados pode retardar os atos processuais, causando morosidade e excesso de prazo da prisão.  Zuquim não acatou os argumentos, alegando que a ação  foi descentralizada para outras instâncias judiciais, a fim de garantir celeridade no processo, sobretudo no que tange a réus presos, como é o caso de Savi.O desembargador José Zuquim, em sua decisão,  disse que Mauro Savi já pediu para ser solto por meio de mandado de segurança e agravo interno no TJ e habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que, apesar de todas as tentativas, sua prisão foi mantida.