O Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), do Poder Judiciário de Mato Grosso, realiza entre os dias 12 e 16 de agosto, a Semana de Práticas Restaurativas no município de Barra do Garças (500 km a Nordeste de Cuiabá).   Durante toda a semana, facilitadores do NugJur estarão atuando diretamente na realização de Círculos de Construção de Paz entre alunos da educação infantil ao 8º ano, profissionais da rede de educação, acadêmicos, servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, entre outros convidados.   O objetivo do Poder Judiciário é sensibilizar a rede pública de educação e demais segmentos sociais sobre a importância da implantação de estratégias que facilitem o diálogo e a resolução pacificada de conflitos, incentivada principalmente no ambiente escolar.   As atividades fazem parte da agenda de trabalho do Projeto Elo, criado com a proposta de promover a integração entre o Poder Judiciário e a comunidade, garantindo à sociedade acesso às iniciativas e serviços prestados pela Justiça estadual, a chamada “entrega jurisdicional”, onde a população tem a oportunidade de sugerir, opinar e esclarecer dúvidas, formando assim, um grande Elo de ressonância em toda a sociedade.   A abertura do Projeto Elo, que terá a presença da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e do diretor do Fórum de Barra do Garças, juiz Michel Lotfi Rocha da Silva, será às 9h30 desta terça-feira (13 de agosto), no Tribunal do Júri do Fórum de Barra do Garças. Na sequência será realizada a palestra “A importância do cuidado com a saúde emocional”, com o médico Werley Silva Peres.   No mesmo local, a partir das 14h, a desembargadora Clarice Claudino e a assessora de relações institucionais do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), Katiane Boschetti da Silveira falarão sobre os “Valores e Princípios da Justiça Restaurativa nas Políticas Públicas”. A palestra é aberta ao público geral.   A expansão da cultura de pacificação social, por meio da Justiça Restaurativa, é uma das principais metas da desembargadora Clarice Claudino, precursora da Justiça Restaurativa em Mato Grosso e também presidente do NugJur. Já a coordenação do NugJur está sob a responsabilidade do juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça, Túlio Duailibi Alves Souza.   “Os círculos de construção de paz, como uma metodologia da justiça restaurativa, servem para que a gente possa trabalhar como uma proposta pedagógica na escola, não visando ensinar o professor a fazer o que ele já faz, mas trazendo para sua realidade uma ferramenta que ele pode aplicar dentro do espaço da sala de aula, proporcionando que os alunos possam exercitar o poder de fala e de escuta. Quando nós trabalhamos dessa forma, a gente também oportuniza que eles tenham menos vergonha de fazer suas perguntas, que se sintam pertencentes da sala de aula, e que eles possam perceber o quanto eles são parecidos uns com os outros, porque nós todos somos muito mais parecidos uns com os outros do que diferentes. O que nos falta é a oportunidade de encontrar as nossas semelhanças, e é na comunicação respeitosa que o encontro acontece”, explica o juiz Túlio Duailibi.