RedaçãoO  deputado federal  Adilton Sachetti (PRB), que vinha sendo cortejado pelos grupos do ex-prefeito Mauro Mendes (Dem) e do governador Pedro Taques (PSDB), ambos pré-candidatos ao Governo do Estado, acabou batendo o “martelo”, na noite de ontem (22), com as forças aglutinadas em torno das candidaturas do DEM.Essa decisão não surpreende o meio político, considerando que o deputado federal já tinha manifestado anteriormente a preferência por essa opção política, quando começou a manter conversações com Taques e seus emissários, entre os quais o prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, do Solidariedade e cujo partido foi um dos primeiros a manifestar disposição de apoiar  o projeto de reeleição do governador.Agora, com o fim  das tratativas com o grupo liderado pelo PSDB, Sachetti deve sair a senador na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Cuiabá, que deverá ter Otaviano Pivetta (PDT) como  vice e Jayme Campos na outra vaga ao Senado.O obstáculo que ainda persiste para fechar essa equação com Sachetti ocupando uma das duas vagas (a outra é de Jayme) para o Senado que se abrem nesta eleições é o fato que uma delas está comprometida com Carlos Fávaro, do PSD.Obviamente, esse espaço na senatória, caso Fávaro crie resistência para ceder, pode se tornar uma grande “dor de cabeça” para os políticos da coligação oposicionista resolver.       Nos bastidores, fala-se que Sachetti, por ser da Região Sul (Rondonópolis), poderia ser convencido a sair a vice-governador – o que contemplaria a majoritária por regiões: Mauro e Jayme na Região Metropolitana fechariam esse arco.     Quanto a um eventual afastamento de Otaviano Pivetta  (PDT), abdicando da vice-governadoria, pressupõe-se que o próprio não colocaria dificuldade, levando em conta que o mesmo já afirmou, por várias ocasiões, que o seu principal objetivo é viabilizar a eleição de Mauro Mendes a governador.“Dedo” de Blairo?Por outro lado, não falta quem ache que a decisão de Sachetti para apoiar Mauro Mendes possa ter o “dedo” do ministro Blairo Maggi (PP) ao qual o deputado é bastante ligado por laços políticos e de amizade.Blairo vem afirmando que não vai se intrometer nas articulações políticas com vistas a apoiar esta ou aquela chapa para governador, dizendo que irá manter equidistância e neutralidade com relação aos principais postulantes (leia-se: Taques, Mauro e Wellington Fagundes), dos quais seria amigo. Aliás, uma posição (ser neutro) díficil de ser mantida em se tratando de política, uma atividade onde os interesses costumam sobrepujar os desejos pessoais.