RedaçãoDe acordo com informações do prefeito José Carlos do Pátio (SD), o presidente nacional da legenda, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, com o qual ele conversa frequentemente, passou a defender o apoio do Solidariedade ao presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, por uma “questão de garantia da governabilidade”.Ou seja, o SD e mais quatro partidos aos quais está unido deverão eleger cerca de 240 deputados federais, número que já forma uma base de apoio parlamentar capaz de garantir sustentação a Alckmin, caso este seja eleito presidente da República.No caso mato-grossense, onde Zé do Pátio e o partido que ele dirige no Estado, estão apoiando o projeto de reeleição do governador Pedro Taques, do PSDB, assim como Alckmin, esse alinhamento facilita a convergência em uma campanha que pode ser unificada. O Solidariedade (SD), partido nascido no meio trabalhista, resolveu o impasse com o presidenciável do PSDB e vai apoiar a candidatura do tucano, juntamente com os demais partidos do Centrão, bloco composto, além do SD, pelo DEM, PP, PR e PRB.A controvérsia entre o Solidariedade e Alckmin se exauriu quando o presidenciável assumiu o compromisso, caso seja eleito, de rever a questão das contribuições sindicais, atualmente proibidas e cujo corte quebrou as finanças das centrais sindicais e sindicatos brasileiros.Na visão de sindicalistas, o fim dessas contribuições retira das organizações sindicais sua capacidade de mobilização, pela falta de recursos, e dar suporte aos trabalhadores em luta por melhores condições salariais, entre outras demandas das categorias.Superada essa questão da volta das contrbuições, o bloco partidário pretende indicar o nome do coordenador de campanha e defende que seja alguém com trânsito em todos os partidos. O Centrão deve anunciar oficialmente na quinta-feira, em Brasília, a aliança com Alckmin. As siglas indicaram o nome do empresário Josué Gomes como vice na chapa, sugestão que foi acatada pelo presidenciável do PSDB. Havia expectativa da campanha tucana de que a dobradinha com o empresário mineiro - filho do ex-vice-presidente José Alencar, que morreu em 2011 -, fosse anunciada nesta segunda-feira, 23, mas as primeiras conversas não foram conclusivas. Alckmin se reuniu em São Paulo com Josué, que é presidente do complexo industrial Coteminas, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto, líder informal do PR.No entanto, embora Josué Gomes tenha alegado, nesse encontro, que não“somaria votos “ para Alckmin, mas entende que ele é o melhor nome para presidir o país, os partidos do Centrão e o próprio candidato a presidente discordam do empresário e acham que ele tem grande potencial para ampliar o apoio à campanha presidencial.A expectativa no Centrão e no PSDB é que Josué acabe acatando o convite e aceite ser vice na coligação.
