QUEBRADEIRA OFICIALIZADA: “Mato Grosso precisa pagar fornecedores para ‘destravar’ a roda da economia”, alerta consultor
QUEBRADEIRA OFICIALIZADA: “Mato Grosso precisa pagar fornecedores para ‘destravar’ a roda da economia”, alerta consultor
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24/07/2018 - 15:16
Redação“O Governo de Mato Grosso não pode ficar apenas focado nos repasses para atender as demandas internas, mas precisa readquirir a “cultura’ de pagar os fornecedores, sobretudo os pequenos e que não aguentam sobreviver no mercado se não receberem por seus serviços ou fornecimento de produtos e bens”, alerta o consultor empresarial Cid Pretto.A crise que se abateu sobre os pequenos e micros empresários - que acabam em seu conjunto, juntando todos, sendo grandes empregadores – pode ser dimensionada pelo fechamento crescente de lojas e pontos comerciais nas cidades mato-grossenses, inclusive na Capital e Várzea Grande. “Essa situação é o reflexo mais visível dessa crise, que já deixou de ser nacional para ficar enraizada em Mato Grosso, cuja economia ainda tem setores que apresentam elevada dependência do Estado que tem presença fundamental na vida das pequenas e micros empresas", lembra Pretto.Quando o principal elo da estrutura – no caso, o governo estadual - é também o seu maior consumidor de bens e serviços, mas não paga o que deve, atrasando até por seis meses ou mais a quitação dos débitos, ocorre uma “quebradeira” generalizada advinda da inadimplência estatal”, compara Cid.Para ele, quem se propor governar Mato Grosso nos próximos quatro anos vai precisar de visão empreendedora e desenvolvimentista, que não seja apenas a forjada nos holeriths públicos, para romper com o que o consultor classifica de “circulo vicioso”ou do “calote institucionalizado”.Cid Pretto, no entanto, é otimista com a economia como um todo em Mato Grosso, a partir do próximo ano, mas indaga: “Será que teremos uma gestão sintonizada com o crescimento gerado pela iniciatva privada? Uma administração que não seja bitolada apenas nas questões “oficialistas?”O desenvolvimento previsto por Cid, deve ocorrer mais em função de fatores externos do que por iniciativa governamental que terá apenas de aproveitar desse impulso e corrigir seus déficits. Ele se refere aos bons resultados que o agronegócio pode colher em 2019, principalmente quanto à produção e comercialização da soja.Pretto avalia que o segmento será alavancado sobremaneira pela “guerra” comercial entre Estados Unidos e China na disputa entre os dois gigantes.Por possuir amplas extensões de terras agricultáveis e sem necessidade de derrubadas de árvores, porque são áreas já abertas, a tendência é de que Mato Grosso fortaleça ainda mais seus vínculos de parceria comercial com a China. Resumindo, o consultor, que também é empresário, diz que Mato Grosso, doravante, não pode ter gestor que, durante grande parte de sua vida foi bancado pelo Estado, recebendo gordos salários, mas de um governante que conheça as dificuldades de gerar empregos na iniciativa privada e onde os riscos de 'quebrar' fazem parte das atividades econômicas".
"Só assim o Estado, que, aliás, vem aumentando sua arrecadação, vai ser adimplente com os pequenos empresários, os mais penalizados pela falta de pontualidade", finaliza.