RedaçãoO cenário que se desenha em Mato Grosso é de uma eleição em dois turnos, levando em consideração que a disputa será entre quatro postulantes: Pedro Taques (PSDB), Mauro Mendes (DEM), Wellington Fagundes (PR) e procurador Mauro (PSOL).   Além da prorrogação no prazo do desfecho das urnas, pela exaltação já demonstrada de ânimos entre pré-candidatos o quadro é de que as eleições serão disputadas de forma renhida - o que pode levar à perda de conteúdo no campo das ideias sobre formas de governar e propostas.   A convicção de que o pleito não será definido no primeiro turno, em 7 de outubro, é reforçada pelo fato que o senador Wellington Fagundes anunciou que mantém sua disposição de disputar e inclusive avisa que a definição de sua chapa, com os pré-candidatos ao Senado e vice será feita no dia 5 de agosto – último prazo para as convenções partidárias. A tendência é de que, além do PR, o republicano se coligue com o PTB e também vem conversando com o PT, PCdoB e o Podemos, ao qual está filiado o senador José Medeiros, que tem domicílio eleitoral em Rondonópolis, assim como Wellington.No caso do PT, há um tímido ensaio de lançar o ex-vereador Lúdio Cabral ao Governo do Estado, no entanto, não se vê movimentações petistas mais concretas nesse sentido, o que permite avaliar que o partido, ao final, se manterá no arco de alianças que o PR está liderando. A aposta de Wellington é a de criar um terceiro polo  alternativo à polarização que já vem ocorrendo entre Taques e Mauro Mendes.Porém, na visão de observadores da política mato-grossense, especula-se que mesmo na hipótese de Fagundes vir a desistir da disputa, seja em função de que possa perder aliados até as convenções (aliás, reviravoltas comuns em tempos de eleições), seja por outras razões, a  permanência da candidatura do Procurador Mauro, pelo seu histórico crescente de votações em pleitos anteriores, já seria suficiente para garantir o segundo turno, que será disputado em 28 de outubro.