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GUERRA DE TRÉPLICAS E RÉPLICAS: Acirra confronto entre Taques e Mauro e ex-prefeito mostra documentos que apontam dívidas do Estado de R$ 3,6 bilhões
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26/07/2018 - 13:36
taques e mauro
Redação
Mesmo antes do início do horário eleitoral, já na chamada pré-campanha, se acirra o confronto entre o governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição, e o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM) que também postula o mandato de governador.Entre os dois estabeleceu-se uma guerra intensa de acusações, com réplicas e tréplicas, a exemplo da que se refere ao endividamento do Estado, onde cada lado apresenta seus números.Em mais um capítulo dessa troca de acusações, Mauro Mendes apresentou documentos da própria Secretaria de Fazenda que indicam o déficit financeiro no valor de R$ 3,6 bilhões, referente ao balancete de janeiro a junho de 2018. “Esse é o déficit que existe hoje. Só para os poderes são R$ 700 milhões. Isso já supera os R$ 500 milhões que ele [Rogério Gallo, secretário de Fazenda do Estado] falou. O Rogério Gallo é muito competente, mas há uma confusão de número e de semântica. Mas, para evitar dúvida, planilha da própria secretária de Fazenda registra todos os dados certinhos. Agora eu quero que eles se expliquem. Eu não inventei esses números”, afirmou Mauro Mendes, durante entrevista para a Rádio Jovem Pan, na manhã desta quinta-feira (26).Como começou o entreveroNa terça-feira (24), o ex-prefeito apresentou o valor atual do déficit público de Mato Grosso. Na quarta-feira (25), os dados foram confrontados pelo secretário de Fazenda, Rogério Gallo, durante entrevista a imprensa, que apresentou um endividamento bem menor. “Agora eles que precisam explicar. Os dados são públicos e oficiais da Sefaz”, destacou Mauro Mendes, que afirmou que somente trabalhará com a verdade, como sempre fez durante todos os anos de vida pública. “Quem fala a verdade fica muito tranquilo, não vou inventar números”, disse, aos jornalistas da Rádio Vila Real, na segunda entrevista concedida nesta quinta-feira.“Para resolver um problema tão grande como esse, você vai ter que tomar uma medida em todos os ângulos e combater a sonegação. O que não pretendo fazer é aumentar impostos, a população não aguenta mais. Eu acredito que muitas medidas precisarão ser tomadas de qualquer jeito”, destacou, lembrando as ações que realizou na Prefeitura de Cuiabá que equacionou a crise econômica e manteve as contas ajustadas com os valores arrecadados pelos cofres públicos.Confirmação do déficit por Gallo e pelo governadorNo dia 6 de fevereiro deste ano, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, quando o governador Pedro Taques apresentou a proposta para a criação do Fundo de Estabilização Fiscal, o próprio chefe do Executivo confirmou para todos os deputados e representantes do Ministério Público e Tribunal de Contas, a existência do déficit de R$ 3 bilhões.O secretário Rogério Gallo, inclusive, afirmou que “o fundo deve existir por um prazo determinado, para que nós tenhamos condições de definitivamente rumar para o equilíbrio fiscal, que é gastar exatamente aquilo que se arrecada. Como isso não ocorreu por inúmeros fatores ao longo do tempo, gastou-se mais do que se arrecadava, nós temos uma déficit hoje de aproximadamente de R$ 3 bilhões. Portanto é necessário o fundo para que o Estado tenha condição de sobreviver e de dar fôlego para a sua Fonte 100", relatou a toda a imprensa em 6 de fevereiro deste ano.