PSDB e DEM estão unidos em torno de Alckmin, mas em confronto pesado no Estado e vai exigir “engenharia política” conciliar adversários no mesmo palanque

PSDB e DEM estão unidos em torno de Alckmin, mas em confronto pesado no Estado e vai exigir “engenharia política” conciliar adversários no mesmo palanque cacique7
Por Mário Marques de AlmeidaA conciliação de candidato a presidente da República em palanques onde os governadores são adversários diretos e estão se confrontando de forma acirrada, como é o caso de Mato Grosso, pode exigir das cúpulas dessas duas legendas o que se denomina “engenharia política” para tentar assegurar que, na eventualidade do presidenciável tucano viistar o Estado durante a campanha, a sua presença não seja motivo para alimentar ainda mais por questões de "ciumeiras" o “bombardeio” entre seus apoiadores locais. Geraldo Alckmin esteve recentemente em Mato Grosso, mas o cenário não era o mesmo  de agora. Na ocasião, o DEM, por exemplo, não havia fechado apoio à sua candidatura. Ele foi recebido por lideranças do PSDB, como o governador Pedro Taques, e os deputados Nilson Leitão e Wilson Santos, entre outros.A realidade atual é que o Centrão, grupo que reúne PR, PRB, PP, DEM e Solidariedade, oficializou nesta quinta-feira, 26, o apoio à pré-candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência, encerrando uma negociação que durou meses. O bloco reforça uma aliança com dez legendas no total, que dará ao tucano cerca de 4 minutos e 40 segundos em cada bloco no horário eleitoral - o que representa cerca de 38% dos 12 minutos e 30 segundos de propaganda presidencial em cada bloco -, mas ainda deixou pendente a escolha de um vice na chapa após a recusa do empresário Josué Gomes da Silva  (PR). Alckmin terá, porém, de administrar conflitos em ao menos 12 Estados onde partidos do bloco rivalizam com o PSDB ou com siglas que já apoiavam o pré-candidato tucano (PSD, PTB, PPS e PV) em campanhas regionais.  Além disso, em sete Estados, entre os quais Mato Grosso, os tucanos são adversários diretos de pré-candidatos do DEM.Para alavancar os indices de intenção de votos (hoje em torno de 7%), o pré-candidato terá de conciliar esses palanques e, muitas vezes, vai ter que atuar como “bombeiro” para evitar que desavenças políticas e partidárias regionais, ao invés de somar, se tornem um obstáculo a mais para o seu crescimento na preferência do eleitorado.