Redação Cerca de 50 dias após o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis e mesmo com os repasses em dias a instituição filantrópica ainda não fez a reabertura dos leitos provocando a restrição no atendimento. Entre janeiro e junho deste ano, a Santa Casa recebeu cerca de R$ 23 milhões, dos quais quase R$ 5 milhões haviam sido gastos com a UTI. De acordo com o município, não há débitos com a entidade tendo inclusive já feito o repasse a instituição que venceria no dia 1º de setembro. A Secretaria Municipal de Saúde informou à reportagem que já notificou a Santa Casa de Rondonópolis para que seja feita a reabertura dos leitos, evitar por em risco a vida de bebês e que aguarda o restabelecimento imediato do serviço pela entidade filantrópica.  Ainda no início do mês de agosto, a Santa Casa de Rondonópolis chegou a emitir uma nota comunicando a regularização dos repasses por parte do Governo do Estado, no entanto, a UTI Pediátrica permaneceu fechada, sob a justificativa de um déficit geral corrente de 2015.Na avaliação de fontes municipais, o problema do hospital e de falta de gestão com relação à aplicação dos recursos que recebe – e não culpa da administração municipal que vem cumprindo com suas obrigações quanto aos repasses. Essa pontualidade no pagamento das contra-partidas nem a própria Santa Casa nega.Diante disso, já há muita gente em Rondonópolis que atribui esse descaso da entidade hospitalar a uma questão política de pequenos setores da sociedade local, mas com poderio econômico e que até hoje não “engoliram” a eleição do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), um líder de raízes e bases populares.ALVO ERRADOEnquanto isso, observa-se o desenrolar de um jogo de empurra com o claro objetivo de transferir responsabilidades.Prova disso é uma recente manifestação de protesto contra a prefeitura liderada por pessoas ligadas a um  clube de serviço vinculado ao comando do hospital.Ao contrário de causar indignação na população, o ato foi motivo de ironias na cidade: “Estão protestando contra o quê? Contra eles mesmos”, pontuou um cidadão nas redes sociais que, aliás, são bastante ativas em Rondnonópolis, considerada uma das cidades mais politizadas de Mato Grosso.O comentário, obviamente, fazia alusão ao fato que a culpa pela interrupção no atendimento da UTI pediátrica não era da prefeitura, mas do próprio hospital.