O criminoso Reyvan da Silva Carvalho, de 30 anos, mudou a versão apresentada à polícia e afirmou, em depoimento na segunda-feira (8), que manteve uma relação sexual consensual com Solange Aparecida Sobrinho, encontrada morta no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, no fim de julho. Ele voltou a negar envolvimento no homicídio.
Solange foi localizada por funcionários da universidade, no dia 24 de julho, nua e com sinais de esganadura, em um barracão abandonado do campus. Reyvan foi preso em 29 de agosto, dentro da própria instituição, após exames de DNA ligarem seu material genético ao crime e a outros três casos de estupro e feminicídio na Capital.
No novo depoimento, o suspeito declarou que teria mantido relação sexual com a vítima em um banheiro próximo à piscina da UFMT, ainda na manhã do crime. Ele detalhou que não houve penetração anal e reforçou que não a matou. No entanto, laudos periciais e imagens de câmeras de segurança contradizem a versão.
As gravações mostram que Solange entrou no campus por volta das 16h do dia 23 de julho, horas depois do horário apontado por Reyvan. O corpo foi encontrado na manhã seguinte. A perícia também constatou sinais de penetração anal, o que contraria a narrativa apresentada pelo acusado.
Confrontado pela polícia, Reyvan reconheceu ser o homem flagrado pelas câmeras vestindo camiseta preta e vermelha, calça jeans, chinelo branco e mochila vermelha e preta, circulando pela UFMT no mesmo dia.
De acordo com o delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios, Reyvan costumava escolher vítimas em condição de vulnerabilidade. Além de Solange, que tinha esquizofrenia, ele já havia atacado uma mulher grávida e outra que foi morta após ser estrangulada.
As investigações agora buscam esclarecer se Reyvan agiu sozinho ou se havia mais pessoas no local no momento do crime.
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